domingo, 12 de maio de 2013
Esperando
Aquelas horas em que o mundo poderia parar, que tudo faz todo o sentido. Se comunicam por olhares e sorrisos, gostam exatamente das mesmas coisas. Ele sempre tem a resposta pras dúvidas dela, sempre tem a solução pros seus problemas mais simples. Ela sabe exatamente quando fazer o carinho certo, nem que seja passar a mão no cabelo dele já necessitado de corte, mas não pra ela.
Sempre vão ao encontro um do outro, com suas particularidades, desde o jeito que se cumprimentam ao jeito que sorriem com uma alegria compartilhada. Ambos sabem sobre o sentimento que dividem, mesmo sem saberem exatamente qual é. E é como se qualquer um pudesse estragar, acabar com a ilusão, com a curiosidade, até eles mesmos.
A verdade é que seus lábios nunca se tocaram. A vontade que aconteça talvez exista, aliás, é bem provável que exista. Mas talvez quebre o encanto. Então, por enquanto ficam assim: trocam abraços, confidências, gostos em comum. Brincam que têm um relacionamento fantasioso, fazem planos e inventam brigas da casal. Falando assim parece engraçado, essa espécie de cumplicidade. Não aprovam nem desaprovam, apenas seguem seus caminhos, tão juntos que poderiam ser o mesmo ser pelo mesmo caminho. De vez em quando se perdem, mas logo se encontram de novo. Simplesmente não conseguem resolver, e talvez nunca resolvam. Assim, com a dúvida de que um dia a vida resolva o que eles não conseguem.
Quando ela resolver, eu volto pra contar. Certamente com fatos mais verídicos e na primeira pessoa.
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OLÁ RAFAELA TE SEGUINDO AQUI
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