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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Essa tal dor de amor



Linhas vazias. Assim como eu.
Hoje só vivo das incertezas, das palavras não ditas, das vontades sufocadas, das noites em claro tentando entender e da vontade de gritar quando tudo o que tenho são interrogações e nada mais.
Tá doendo, viu? Tá dando trabalho. Não sou de ficar lamentando, miando nem reclamando de dor de amor (pois nunca havia realmente identificado essa tal) mas confesso que venho sendo uma sobrevivente.
A inspiração pra escrever não vem mais, assim como o foco pras tarefas diárias. Quando escrevo mentalmente algumas palavras, imagino alguém se cortando ao ler, tendo em vista que eu faria isso se me lesse no atual estado em que me encontro.
Forte né? Assim como o que você me causa. Assim como o que me causou a vida toda mas só agora fui forte o suficiente pra assumir. 
Agora falta você voltar a admitir o que ambos sabemos: é real. Existe, ainda está aqui, nunca nos deixou e nem vai, porém tem tanto medo quanto nós dois. Vive presente no nosso dia a dia, vai jantar com a gente, aparece quando sorrimos um pro outro, mesmo que em seguida estejamos argumentando sobre coisas estupidamente ridículas e desnecessárias.
Falta ele tomar coragem e gritar um pouquinho mais alto, pois acho que ainda tá faltando coragem pra escutá-lo: nosso amor.



domingo, 8 de setembro de 2013

Believe that dreams come true everyday, because they do


Encontro-me neste momento na incansável busca de quem eu era pra você. Sinto que os teus olhos não brilham mais pra mim como brilhavam há alguns anos atrás, sinto que seu sorriso quando me vê não é mais de alegria, mas mera casualidade (isso quando há sorrisos). Em mim existem tantas saudades, de nós, de como nos saudávamos, de como você atirava suas mãos pra trás sempre que eu estava lá pra pegá-las, e com elas formavam um abraço em torno de você... Bom, eu continuo lá, esperando suas mãos, esperando o abraço, mas não te encontro mais, mesmo que eu tente.
Tento, tento tanto. Fico imaginando onde foi que me perdi, penso nas razões que te afastaram, e concluo que talvez eu mesma o tenha feito se afastar. Não sei onde ficamos, onde paramos, onde nos perdemos, mas sei que nos queria de volta.

Sei também que é impossível mantermo-nos iguais ao longo dos anos, e queria que meu eu de agora fosse suficiente pra você como era o de antes.
Vejo também as suas mudanças, vejo como desaprovo muitas delas e como isso não importa pra você como importaria antes. Queria poder nos corrigir, nos acertar, nos reconstruir.

Talvez ainda possa nos salvar. Talvez possa te fazer lembrar como era, como éramos, e assim poder pegar suas mãos e te abraçar, ser recebida com sorrisos sinceros e enfim poder dizer coisas que nunca tive chance por medo de errar.


P.S. Hoje ainda tenho o medo de errar e sinto ele ainda mais forte dentro de mim, pois hoje não te vejo mais da mesma forma, com aquele sorriso bobo e aqueles olhos azuis brilhando por mim. Hoje meu medo é de ainda querer o que nunca vai existir. Será? Será que não tem como? Espero que sim, pois enquanto eu puder ter teus abraços vazios e teus sorrisos tortos eu vou poder sonhar.
Acredite que sonhos se tornam realidade todos os dias, porque se tornam. 


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Oh, solitude



A solidão tem sido como uma grande amiga, talvez a melhor amiga que já tive. Ela faz a saudade parecer mais forte, o silêncio parecer mais intenso, e toma de nós toda a coragem que deveríamos ter para nos afastarmos dela. O vazio que sinto só aumenta a cada dia, e as vezes penso como posso me sentir tão só tendo a mim mesma.
Não que eu me sirva de algo, mesmo que devesse. É essa solidão, ela aparece e resolve ficar por tempo indeterminado mesmo sem ninguém convidar. E assim ficamos, vagando pela casa de pijama, o cabelo sem pentear, dormindo praticamente o dia todo, chorando durante a madrugada e tentando achar algum sentido pra essa amiga se fazer tão presente.
Quando crescemos, imaginamos que tudo vai se resolver, desenhamos nosso futuro de tal forma que nem nos passa pela cabeça que a velha amiga solidão pode vir junto. "Cuidado com o que deseja" parece besteira aos 17, mas com 20 é que realmente vamos entender o sentido dessa frase. É como se não houvesse caminho de volta, pois falta coragem, de verdade.
Fecho os olhos e consigo apenas ouvir aquela voz dizendo: você desejou tudo isso, você fez suas escolhas e chegou até aqui pois era o seu desejo.
Essa é a voz da solidão, que deita ao meu lado todas as noites e anda comigo como uma sombra.
A solidão não vai embora quando quer, é preciso mais do que isso. Podemos passar dias, meses até, procurando em rostos distintos algo que mande a velha amiga embora, mas talvez o remédio esteja dentro de nós mesmos.
Enquanto não encontro tal antídoto, sigo aqui, escrevendo essas linhas na busca incansável pela cura desse silêncio que vem me matando aos poucos. 


sábado, 29 de junho de 2013

Disponível


Dizem que faz sentido esse tal de "quando a felicidade bater, apanhe" e resolvi testar. Como já era esperado, não deu nada certo.
Não deu certo assim como não dá quando as pessoas reaparecem do nada e te colocam na bagunça da vida de novo. Não deu certo também pelo fato de que nada dá certo quando me envolve. Do realismo ao pessimismo em questão de segundos, sim. Boatos de que a felicidade costuma bater na porta às 2h da manhã, mas que tem prazo de validade. É válido até lembrar daquele alguém que tá em casa dormindo, que vai acordar cedo, que vai te ligar, etc, etc, etc.
Depois de bagunçar bastante a casa, a cama, a cabeça e a vida, vai embora, essa tal de felicidade... momentaneamente aparece de novo e parte na mesma rapidez, deixando pra trás um rastro de interrogações, frases vagas, mensagens no celular e perfume no travesseiro.
O que a gente faz com o que sobrou? Junta e cola, lava a fronha do travesseiro, apaga as mensagens e espera até a próxima vez que a tal da felicidade resolver bater de novo, torcendo pra não ser às 2h da manhã e que de repente seja pra ficar um pouquinho mais.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

"Tô triste"


- O que você tem?
- Tristeza.
- Mas...
- Sim, tristeza de olhar ao meu redor e não ver mais o mundo que eu amava, as coisas que eu amava, a vida que eu amava. Tristeza de ter que acordar pra viver nesse lugar horrível, cheio de pessoas e vazio de verdades. Me falta tanta coisa, e ao mesmo tempo me sobra muito, também. Não sinto vontade de trocar de roupa quando acordo, nem de pentear o cabelo, por isso eu saio assim mesmo, despenteada e amassada. Não vejo mais jeito, nem pra mim, nem pro mundo. As pessoas vivem de ego inflado, só querem vencer, magoar, impressionar. Se eu pudesse dizer às pessoas uma única coisa, eu diria: vivam, independente do que te disseram que é belo. Vivam pra si mesmos, enxerguem a beleza de um sorriso logo de manhã. Amem seus pais, liguem pra eles. Não deixem a tristeza tomar conta do vocês como ela fez comigo. Hoje sou cheia de mim e vazia de vida. Não suporto mais viver comigo mesma e isso me entristece enlouquecidamente. Queria voltar a ser criança, ter meus avós do meu lado, comprar kinder ovo com 1 real e ser extremamente livre das preocupações e tristezas que hoje me dominam. A vida não é mais engraçada como era, hoje todos dependem do dinheiro pra tudo, e isso me deixa triste. Essa é a minha tristeza, espero que você entenda. Me desculpe.

 

domingo, 12 de maio de 2013

Esperando


Aquelas horas em que o mundo poderia parar, que tudo faz todo o sentido. Se comunicam por olhares e sorrisos, gostam exatamente das mesmas coisas. Ele sempre tem a resposta pras dúvidas dela, sempre tem a solução pros seus problemas mais simples. Ela sabe exatamente quando fazer o carinho certo, nem que seja passar a mão no cabelo dele já necessitado de corte, mas não pra ela.
Sempre vão ao encontro um do outro, com suas particularidades, desde o jeito que se cumprimentam ao jeito que sorriem com uma alegria compartilhada. Ambos sabem sobre o sentimento que dividem, mesmo sem saberem exatamente qual é. E é como se qualquer um pudesse estragar, acabar com a ilusão, com a curiosidade, até eles mesmos. 
A verdade é que seus lábios nunca se tocaram. A vontade que aconteça talvez exista, aliás, é bem provável que exista. Mas talvez quebre o encanto. Então, por enquanto ficam assim: trocam abraços, confidências, gostos em comum. Brincam que têm um relacionamento fantasioso, fazem planos e inventam brigas da casal. Falando assim parece engraçado, essa espécie de cumplicidade. Não aprovam nem desaprovam, apenas seguem seus caminhos, tão juntos que poderiam ser o mesmo ser pelo mesmo caminho. De vez em quando se perdem, mas logo se encontram de novo. Simplesmente não conseguem resolver, e talvez nunca resolvam. Assim, com a dúvida de que um dia a vida resolva o que eles não conseguem.
Quando ela resolver, eu volto pra contar. Certamente com fatos mais verídicos e na primeira pessoa.

domingo, 28 de abril de 2013

Deserto por Dylan Cohen

Ele sempre pensou saber quem era,
certezas e vaidades se confirmavam na voz de bajuladores,
mas somente quando ficou só pode perceber;
Não era nada do que pensava,
mas sim algo indecifrável para si,
e então começou sendo sua própria companhia,
na eterna busca por compreensão.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sempre em frente, não importa a direção


Frases curtas, pensamentos longos. Pessoas ao seu redor, mesmo desejando estar sozinha. Sutilezas cotidianas que poderiam facilmente ser substituídas por besteiras numa mesa de bar. Hoje você preferiu ficar, mas talvez amanhã seu rumo seja outro. Tá difícil até levantar a cabeça, pregar um sorriso no rosto, mesmo que falso, e dizer pra si mesma que vai ficar tudo bem. O desejo é que fique.

Mudança de planos, de ares. Hoje resolveu sair, sorrir. Resolveu resolver-se. Largou a dependência do travesseiro, viu que a rabugice estava em demasia, cansou de se cansar. Decidiu viver agora, pois viver o futuro seria meio difícil, e viver o passado lhe doía. Aliás, não sente mais dor. Nem física, nem emocional. Cobrava de si mesma a felicidade, viver lhe deixava feliz e a fazia pensar como um dia poderia ter odiado o viver.
Seu interlocutor acredita que não há mais o que dizer. Felicidade é um estado belíssimo. Seguir em frente, focar-se em si mesmo. Tudo isso faz bem. Viva bem. Viva.

sábado, 20 de abril de 2013

Das coisas que me fazem sorrir

Ando distante desse espaço, mas gostaria hoje de falar na primeira pessoa: eu.

Ultimamente parei pra pensar nas razões de eu estar viva e nas coisas que me fazem feliz. Não estou exatamente onde gostaria de estar aos dezenove anos, porém me sinto mais perto do que nunca. Curso o primeiro semestre de Jornalismo no Centro Universitário Ritter dos Reis, zona sul de Porto Alegre. Foi o curso que desejei fazer desde que descobri o que era faculdade. Encontrei nesses últimos anos muita gente me dizendo que eu era louca, que a faculdade ia me frustrar, que não era o que eu imaginava e todas essas coisas que as pessoas usam pra acabar com nossos ideais. Encontrei também seres humanos incríveis, que me motivaram e me disseram pra ir atrás desse sonho. Eu fui atrás e hoje estou aqui; saio 17h de casa, chego meia hora atrasada na aula, toda perdida e cansada depois de subir o Alto Teresópolis num ônibus superlotado, mas feliz. Feliz por entrar na minha sala e ter essa visão:


Essa é a vista que tenho da 301D, e essa é uma das coisas que me fazem sorrir. Sorrio também pelo fato de hoje, aos dezenove anos, ter percebido que durante toda a minha vida vivi na sombra de mim mesma. Vivi choramingando pelos cantos porque nada dava certo pra mim e me tornando cada vez mais rabugenta, rancorosa e frustrada por não saber como agira em relação à minha vida.
Hoje posso notar o quanto fui abençoada por ter passado por tanta coisa, como perder meus avós, um tio e um padrinho no período de quatro anos conscecutivos pra quatro doenças diferentes. Fui abençoada por poder cuidar deles até onde me foi possível, fui abençoada por ainda ter ao meu lado uma tia deficiente e que com as suas dificuldades me dá vontade de viver e dar o meu melhor por ela. Fui abençoada por aos doze anos conhecer meu pai, e hoje, sete anos depois, poder dizer à ele o quanto o amo, ignorando os motivos que o fizeram nunca ter me procurado antes.

Hoje eu me apaixono pela vida todos os dias. Isso soa meio surreal, pois sou do tipo que reclama do tempo no twitter, afinal ele serve pra isso mesmo. No dia de hoje me vejo como a pessoa que sorri por estar na faculdade e chora vendo maus tratos com animais. Me olho no espelho e me sinto quase completa, e nesse 'quase' encontro razão pra buscar tudo que ainda me falta.

O que me motivou a escrever essas linhas é um vídeo que estará no final dessa postagem, e que me fez perceber o quão bonita é a vida se for analisada de coração aberto, mesmo com toda injustiça que presenciamos todos os dias.
Nem auto-ajuda nem paixonite do momento, só quis compartilhar nesse meu espaço essa minha nova descoberta: motivos para ser feliz.
Quem me conhece sabe que não sou sempre assim, e talvez amanhã já estarei revoltada e polemizando algo, mas o que vale é estar feliz no momento, certo? E agora eu estou, e quem corre feliz não cansa.


quinta-feira, 28 de março de 2013

Mesas de Esquecimento por Dylan Cohen

São tantos cigarros sujando meu cinzeiro;
muitos tragos usados para te esquecer;
tudo tão vazio
e não sei se outros lábios vão resolver

Fiz tanta bobagem até você chegar;
joguei alto para poder me perder
mas em meio a tudo isso você apareceu
pra calar minhas falas vazias;

E agora que tudo deu errado vou voltar;
para me embriagar sem nenhum prazer
quero ver se na mesa do bar dá pra esquecer

Vou sorrir e gargalhar quando te encontrar;
mas sozinho no meu quarto
só eu sei como dói o peito
não ouvir tua voz dizendo gracinhas

E num canto escuro escrevo frases sem nexo
soando piegas e caretas
mas no fundo eu sou só um idiota apaixonado
como qualquer cantor chato.

















Agora temos um colunista no blog, que escolheu ser chamado de Dylan Cohen.
Seja bem-vindo!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Viole-se

Violar: verbo transitivo. Transitar quer dizer "fazer caminho", violar quer dizer "desrespeitar". Faça seu caminho, desrespeite. Transite, viole. Viole-se.
Se ninguém enfrentasse a si mesmo, se ninguém violasse seus limites, a vida valeria de algo? Todo esse esforço, as noites não dormidas, as ideias que voam longe, valeriam alguma coisa? Não.
Não, pois se fosse fácil também não teria graça. Mas então, a razão fica onde? Ninguém sabe. Não fica nem no esforço, nem na facilidade, fica no todo. Na busca que dá sentido ao todo, à vida.
A graça está no acordar sempre esperando por um dia melhor, mesmo que ele não venha. Está no ir dormir desejando apenas que aquele dia terrível acabe, mesmo sabendo que na verdade ele não acaba totalmente quando o sono chega.
Violar-se é se enfrentar dia após dia, é encarar aquele maior medo, é aceitar uma limitação e querer, ainda assim, superá-la.
Então, que façamos novos caminhos. Que possamos desrespeitar a nós mesmos, que sejamos capazes de transitar pela vida dando o nosso melhor. E que ela, a vida, nos ajude nessa arte de violar, pois se o desejo de fazê-lo vem de algum lugar, vem dela. Da vida, que tanto nos desafia e que em nada é fácil, a não ser em nos enfrentar, o que nos faz voltar a ter a vontade de violar. Viole-se.

 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Onde?



Era como se procurasse por algo que não estava ali, nem ali nem em lugar algum. Acordava sempre assustada, por vezes no meio da noite, e ficava pensando, ouvindo os grilos, se perguntando se demoraria muito para achar um rumo, algo que a fizesse ter realmente vontade de sair daquela cama. Mas ainda assim saía, não lembrava nem de pentear o cabelo, mas encarava a manhã quente que estava ali esperando por ela.
Procurava pelas esquinas, debaixo dos carros, em cima das árvores, mas não estava lá. Ela não estava lá. Não havia mais nada. O olhar vago demonstrava exatamente o quão distante de si mesma estava, assim como quando se olhava no espelho (algo que vinha evitando há meses) e não reconhecia aquela estranha refletida ali. Poderia ser qualquer pessoa, menos ela.
Havia meses estava sentindo uma estranha vivendo ali, se sentia seca por dentro, como se nada mais fizesse sentido; as pessoas já começaram a comentar, mas ela não liga. Aliás, não liga pra mais nada, apenas para sua busca.
A incessante busca por ela mesma, por um rumo, algo que faça o mínimo de sentido. Algo que mereça atenção, perda de tempo, dedicação. Talvez esteja por aí, debaixo de alguma pedra, mas enquanto não se encontra, segue errante. Assustada sim, mas com o desejo de que a próxima manhã faça mais sentido e seja menos inquietante que a anterior.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ouvi dizer...


Ele gosta dela, ela gosta dele; nenhum dos dois sabe disso. Os amigos sabem, até o cara da padaria deve saber, mas eles não sabem. Já tentaram colocar na cabeça deles, tentaram mostrar o caminho, disseram que era tão óbvio ao ponto de ser inacreditável eles não saberem, mas eles não sabem. Ou talvez saibam e só não queiram falar isso em voz alta. O medo de se machucar e de machucar o outro os impede, os cega. Tomar conhecimento desse sentimento seria assumir o que ambos negam: a verdade. Verdade essa que dorme e acorda com eles, que os afronta em cada palavra que trocam, em cada briga, cada negação. Parece loucura, mas se você conversar com qualquer um dos dois vai perceber que eles se gostam. Vai perceber pois eles negam, negam até a morte, de pé junto. Pode parecer mais louco ainda, mas bem no fundo eles sabem de tudo. Até já disseram isso um pro outro. Com antônimos, claro, mas já disseram.
E a vida aqui, na platéia, aguarda ansiosa pelo dia em que esses dois vão se olhar e dizer: eu sempre soube aquilo que todos já sabiam, é tudo verdade, não é?
Então, nesse dia vão confirmar ao mundo o que até o cara da padaria já sabia: ele gosta dela, ela gosta dele.