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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Só te olhar dormir



E com certeza, muitas moças por aí se perguntam o motivo de o sexo oposto gostar tanto de nos observar nesse momento tão nosso, tão singelo e tão comum: enquanto dormimos.
Para nós, pode ser apenas um 'sono de beleza', um cochilo ou um descanso merecido. Para eles, é a resposta de todas as dúvidas e perguntas existentes naquelas mentes incapazes de nos compreender. O moço fica ali, a observar, ouvindo sua respiração, a velocidade dos batimentos cardíacos, tentando, erroneamente, arrancar alguma verdade de sua bela.
Outro motivo de tanto apreço pela amada dormindo, é pensar que, enquanto ela dorme, precisa ser defendida, que ela está ali, indefesa, desarmada, e que nesse momento, precisa mais que tudo de seu salvador.
Claro que nós, quando, em meio a uma soneca, abrimos os olhos e avistamos o querido ali, o rosto bem próximo, envolto em devaneios do que poderíamos desejar, detestar ou precisar, abrimos um sorrisinho de canto, fazemos um carinho e ficamos pensando, sem demonstrar: lindo, lindo, lindo.
Eles, por sua vez, ficam nos achando -mais- lindas ainda, com cara de preguiça, cabelo amassado e voz rouca, e continuam tentando descobrir com o que sonhávamos, talvez com eles, e então nos abraçam forte, nos aninham em seu peito com o tipo de frase: 'dorme mais um pouquinho', que é pra ver se no segundo round conseguem, então, nos proteger de nossos monstros e descobrir algum segredinho tão bem escondido em nossas curvas.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

I'm not okay, maybe one day



Não sei por onde começar. É tanta coisa que tem se passado pela minha cabeça nos últimos tempos. Não tenho um rumo, não tenho mais metas, não tenho para onde seguir, me sinto cada dia mais perdida. Falar que tudo vai dar certo é muito fácil, mas nada tem dado certo. Nada.
É como procurar, procurar e procurar, e não encontrar nada. Absolutamente nada. Só vazio. Só precipícios. Só o nada. Não sou movida a sonhos, como muita gente, que se prende à isso pra esquecer que não tem capacidade para realizá-los. Eu sempre tive ideais, metas. Mas hoje isso não existe mais. Eu não vejo nada. Não tenho vontade de seguir, de procurar. Já passei por muito pra chegar até aqui, já senti muito do que é a dor. Já fiquei assim, sem rumo, mas nada se compara com o agora, em que o mundo exige o melhor de mim. O mundo exige que eu seja perfeita, que eu responda que está tudo bem mesmo quando não está. Mas essa não sou eu. Não está tudo bem, e eu não vou mentir que está.
Me sinto como uma mentira. E devo mesmo ser uma. Por onde eu ando, me chamam de sonhadora, me dizem pra manter os pés nos chão. Mas o detalhe é: eu não sonho. Eles pensam assim, pois talvez seja o que eu deixo parecer, mesmo. Mas ninguém nunca entendeu o que eu sempre tentei mostrar. Hoje eu tento mostrar que estou quebrada, vazia, sem nada pra me guiar. Não, eu não preciso de uma mão pra me levantar, porque isso eu já tive, e não foi o suficiente. Sempre fui independente e vai continuar sendo assim. Quando eu conseguir levantar, vai ser por mim mesma, vai ser pelas minhas metas que atualmente estão bem longe daqui.
Mas por enquanto, eu só quero um pouquinho de paz, algumas -muitas- respostas e uma noite de sono sem pesadelos. Quero que a insônia me largue, e que algo de bom me encontre. Algo que me leve pra bem longe daqui, pra onde eu possa encontrar algo que me faça sentir plena, completa, como não tenho sentido há muito.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Comece como pretende continuar.

Sushi, pag 65

E de repente, uma frase fez todo o sentido. Quem consegue manter sempre o ritmo? Nunca se perder? Nunca desistir? Ninguém.
É impossível pensar em como vai ser depois, quando se começa algo. Ninguém faz planos a longo prazo, ninguém pensa nas consequências, e quando essas surgem, quebram a cara, reclamam pelo leite derramado, dizem que a vida não vale de nada. Mas qual o sentido?

Se tivesse pensado nisso antes, talvez tivesse sido fácil. Mas não pensou, não fez os planos, nem sequer imaginou que poderia dar errado.
Isso é humanamene impossível, eu digo, pensar nas consequências. Só se pensa no momento ali presente. No quanto é bom estar ali, sentir o calor, viver, intensamente viver. Então, tempos depois, não é apenas você que vai se ferir, todos ao redor também vão. É o que diz a lógica, e a lógica não é justa.
Então, arrependimento. Dor, culpa, vergonha. E vem aquela velha história de 'todo dia é um novo início', mas de que adianta?

Recomeçar pode parecer fácil, mas não é. Exige vontade, força, determinação. Sozinha parece impossível, acompanhado, então. É quase como escalar uma montanha. Portanto, eu mesma não sigo mais meu exemplo. E digo o mesmo à você. Pense muito antes de começar, pois muitas vezes, o caminho é sem volta.