Páginas

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

 

São tantas vozes na minha cabeça que mal sei a quem ouvir. Sinto saudade quando você está longe, e quando está perto quero ficar perto de você. Fico pensando nas diferenças, e lembro que as semelhanças são maioria. Seus olhos são verdes ou azuis? Bem, acho que são verdes, mas, eles me deixam tão encantada que não consigo lembrar, embora te conheça há tantos anos. Quando eu lembro que vou te ver, penso que é algo tão raro de acontecer que tem que ser eternizado com um abraço muito apertado. Você sempre vem correndo e me embriaga com a sensação de 'estou matando a saudade'. Mas espera aí, onde fica o 'ele é um irmão pra mim'? Me disseram hoje que se não tem o mesmo sangue não tem nada disso. Eu meio que discordo. Mas ainda assim, o tempo com ele é tão raro que o melhor é ficar perto, abraçar, ganhar um colo pra descansar, andar de mão, contar as novidades, rir das piadas e falar sério olhando olho no olho. Isso me mata. Preciso descobrir quando eu vou te ver de novo. Preciso parar de ouvir as vozes e tentar resolver a confusão que tá acontecendo aqui.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Distância

Já tentei desviar meu pensamento pra não ter que me perder de novo. Cada vez que penso em voltar no tempo um pedaço de mim se vai, e parece que nunca mais vou conseguir me juntar novamente. O destino quer me mostrar sua dimensão e a força que pode ter em tudo que eu faço, mas meu medo de me perder na sombra do tempo é mais forte do que a curiosidade em si. Pensei que eu podia viver longe disso tudo, mas todos os dias, acordar na mesma cama é só o que eu quero. Difícil é correr, impossível falar a verdade sempre, me encontro em uma constante oscilação do certo com o errado, do você e do eu, do tudo e do nada. Fugir não é solução, fugir talvez seja uma resposta. Queria perguntar tanta coisa ao futuro, ao destino... mas, eles estão tão mudos ultimamente.