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domingo, 28 de agosto de 2011

Me and my heart


Bom mesmo é ser sozinho. Se tem uma coisa que eu nunca deveria esquecer, é isso. Só que as vezes eu esqueço, daí fico boazinha demais, faço tudo de bom pelas pessoas, aconselho, ajudo, cuido, me preocupo. E a recompnsa? Ignorância. Sempre. O que falta nas pessoas é consideração. Faltam sorrisos e abraços verdadeiros. Falta um 'obrigada por tudo', falta se lembrarem de você, falta a preocupação.
Na próxima vez que minha mãe disser 'fica em casa', eu vou ficar. Antes ficar em casa, quando o único a me incomodar é meu travesseiro do que sair e estar rodeada de pessoas de ego inflado, infantis, que só sabem reclamar e não sabem agradecer.
Quando elas mais precisam de um abraço, tu tem que dar. E quando tu precisa de um abraço, elas te dão? Aquele negócio de eu não entender não cola. Eu vou ser sempre quem não entende e ao mesmo tempo a que mais escuta.
O certo mesmo é ser sozinho, não tentar mudar pra ser legal porque isso nunca vai ser lembrado e pensar realmente só no teu bem. Se os outros tem o ego inflado, eu também posso ter.

"Em todas as vezes que me convidaram pra sair,
a melhor parte sempre foi voltar pra casa."
VALENTIN - HOJE EU QUERO FICAR

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brincando de ser romântica

Me pego aqui lembrando daquele domingo gelado, lembrando de ontem -domingo também- e de sábado, onde o calor do teu corpo me aqueceu na volta pra casa, narrando aquelas nossas histórias de sempre. Aquelas coisas absurdas que só nós achamos graça, aquela sensação que eu adoro em silêncio: ficar te ouvindo falar como foi a semana, como vai ser o próximo mês. E ontem, domingo, chegando perto de casa e tendo de dar tchau, te beijar no rosto e ganhar um abraço gelado. Só no próximo fim de semana, então?! Sempre assim.

Admito que estou aqui, com a página do Facebook aberta, vendo certas fotos, certos comentários. Pena que não são sobre mim, pena que não é a minha página do Facebook.
Essa sensação boa que sinto quando estou do teu lado, quando você me olha nos olhos, quando me conta dos livros que leu. Eu poderia congelar -mais- o tempo. Literalmente pará-lo, e ficar ali te ouvindo. Não preciso de muito mais que o caminho de volta pra animar meu fim de semana.
Quando penso em não sair, lembro que você vai, que vai passar aqui pra me buscar. Vou ouvir o telefone tocar, sinalizando sua chegada, e pensar, muitas vezes até verbalizando: chegou. Saber que vou ganhar um abraço, ouvir um 'que saudade', e seguir. Do teu lado, ouvindo as mesmas histórias de sempre, aquelas que tanto me alegram e que só nós conseguimos entender. Quase um código, eu diria. Mesmo código que por tantas vezes usamos com o olhar, esse teu olhar. Teus olhos que me respondem exatamente o que eu preciso saber, sempre.
É uma pena nunca te ouvir dizendo essas respostas. Por vezes imagino que elas são fruto da minha vontade, mas quando eu sei que são reais, é que eu gostaria de ouví-las, de sentí-las. Gostaria de te sentir, talvez como era antigamente, pegando minha mão, me abraçando de surpresa ou simplesmente jogando as mãos pra trás quando eu ali me encontrava pra pegá-las e enlaçá-las num abraço naquele verão que tanto sinto falta.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Repara



Sempre tem alguém ali pra te fazer rir quando tá difícil. Você pode não notar, evitar e até mesmo negar, mas sempre tem alguém, é só reparar. Quando tá escuro, quando bate aquela vontade de chorar, quando o mundo desaba... naquela hora que você acha que tudo sempre dá errado pra você -e só pra você-, que só resta o buraco na terra se abrir pra você entrar, repara, vai ter alguém ali.
A força pode -e vai- estar realmente em você, sempre. Mas quando ela se esconde, vai ter alguém ali pra dizer 'se valorize' 'acredite mais em ti' 'vai dar tudo certo' ou 'vai passar'. Quando a falta de força persistir, e você ainda achar que não tem jeito, que não tem ninguém, repara. Vai ter alguém.
Acredite, eu sei o quanto é difícil não desanimar. É uma luta constante, diária, íntima. Quando não dá mais, quando a vontade é explodir e fim, que se dane o mundo, repara. Com certeza alguém vai estar ali. Você pode não esperar por esse alguém, nunca acreditar que ele vai estar ali. Uma simples frase vinda desse alguém vai fazer toda a diferença. É energizante, é motivador ouvir um 'tô aqui, é só me chamar', e mesmo sem você esperar, antes de pensar em chamá-la, a pessoa já estar ali. Aparecer do nada. Faz toda a diferença, todos sabemos que faz.
Aí tem aquelas vezes que Deus se torna a mais absurda das crenças. Esse é o segredo, continuar acreditando. Rezar vale a pena. Fé nunca deve faltar, por mais que esteja difícil. Eu sei, tem vezes que realmente não dá, comigo também é assim. Aí eu rezo. Rezo muito.
Certa vez minha irmã, que cursa História na faculdade me perguntou: 'tu ainda acredita em Deus? pois eu não acredito mais desde que comecei a fazer História.' E a minha resposta foi: 'sim, eu acredito. É a única coisa que ainda me resta no meio de toda essa merda.'
Toda vez que fica difícil, e que eu não reparo que tem alguém -ou que realmente não tem, porque as vezes acontece-, eu lembro desse diálogo. E cada vez eu o repito pra mim e penso: 'continua acreditando nisso, é o único jeito de seguir'. É, e ainda assim, eu não deixo de reparar, mesmo quando tá tudo perdido. Eu ainda reparo.

OBRIGADA TIA CLARA, OBRIGADA EDU!
POR TEREM SIDO OS MEUS 'ALGUÉM' NOS ÚLTIMOS DOIS DIAS.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Epifania


Ilusão, né? Que pena. Me deixa triste olhar pra trás, e ver no espelho o reflexo dessa podridão que eu me tornei. Sempre fui forte em dizer que 'o passado fica no passado', mas, se não existisse o passado, quem seria eu hoje? Óbviamente não seria nada do que realmente sou, ou seria. Parando pra pensar, quem sou eu além de uma iludida? Sim, iludida de que posso corrigir erros que sei que não posso. Deixei isso se perder. Eu quis uma vida, acreditei que era o bom e correto. Hoje vejo que fui, realmente iludida, e que de nada valeu essa vida avulsa, a não ser pra sentir a dor mais forte, que é perder algo que realmente valeu a pena. Sim, pois valeu a pena.
Me dói dizer 'eu perdi'. Todos os dias eu penso que tenho uma força maior por mim, logo, rezo. Peço forças, uma luz. Choro. Lágrimas que dóem. Dói no fundo da alma, essa sensação de perder. Tenho momentos que me vejo naquele passado, penso que é real. Mas não é. Foi. Nada é perfeito nem pra sempre, mas o que realmente não aceito é que tenha de findar-se, ir-se.
Você quer o bem, todo mundo quer. Será que o certo é realmente abandonar, mesmo que seja abandonar o teu pior pesadelo?
Realmente, acho uma pena que só eu tenha esperanças, que só eu ainda reze, que só eu ainda lute por isso. Mesmo sem a fonte da minha força.

sábado, 6 de agosto de 2011

Meme literário



Achei isso no blog Desire to Read e gostei bastante, achei bem criativo e interessante.

1. Você come enquanto lê? Se sim, comidinha preferida de leitura: De vez em quando até como, e não tenho muito problema com isso. Geralmente chocolates ou doces.
2. O que você gosta mais de beber enquanto lê? Nada, mas as vezes bebo água.
3. Você costuma marcar o livro enquanto o lê, ou a idéia de escrever em livros te aterroriza? Sim, marco.
4. Como você marca onde parou enquanto está lendo? Marcadores? Orelhas nas páginas? Apoiando o livro aberto? Eu uso etiquetas de roupas costumizadas com adesivos, tenho vários desses e os adoro. 
5. Ficção, não-ficção, ou ambos? ficção
6. Você tende a ler até o fim do capítulo, ou consegue parar de ler em qualquer lugar? Sempre leio até o fim do capítulo, mas as vezes de noite quando o sono bate eu abandono.
7. Você é do tipo de pessoa que arremessa o livro longe ou no chão se o autor te irrita? não faço isso
8. Se você encontra uma palavra que não conhece, você para e vai procurar seus significado na hora? Não, eu anoto mentalmente pra ver depois, caso a sequência da história não me ajude a entendê-la.
9. O que você está lendo? A Escrava Isaura (pra aula de Literatura) e estou pensando em abandonar O Vendedor de Sonhos pela segunda vez.
10. Qual foi o último livro que você comprou? Ontem eu comprei os dois últimos que faltavam pra mim do Percy Jackson e os Olimpianos.
11. Você é o tipo de pessoa que lê apenas um livro por vez, ou consegue ler mais de um? Não consigo, tenho que me dedicar só pra um mesmo.
12. Você tem um lugar/momento preferido para ler? Acho que não, gosto de ler na minha cama apenas.
13. Você prefere séries ou livros únicos? Indiferente.
14. Tem algum livro ou autor que você se vê recomendando sempre? Harry Potter e André Vianco.
15. Como você organiza seus livros? (por gênero, título, sobrenome de autor, etc) Em duas pilhas: lidos e não lidos, dae coloco por tamanho, os maiores embaixo e tal.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem mais delongas

É realmente fácil só enxergar o que lhe convém. É tão fácil se esconder debaixo das cobertas, fugir do medo, trancá-lo num baú. Que pena, mas isso não resolve. Fugir das suas verdades é o mesmo que fugir do presente, do passado e até do futuro. Estamos todos no mesmo barco: aquele que afunda cada vez mais.
O problema é que colocamos a culpa disso nos outros, e não enxergamos que nós mesmos afundamos o nosso barco. Afundamos com as mentiras, com lágrimas e fracassos. Se você realmente colocar os monstros pra fora do baú, seria tão mais fácil lutar contra eles. Mas ninguém entende isso, não é mesmo? O mundo vive só vendo o barco afundar e não faz nada pra detê-lo.
Parece-nos tão absurdo enfrentar nossas fraquezas que chega a doer, só de pensar. Mas eu digo: procure seus monstros, lute com eles, ame-os.
Assuma os riscos. Assuma que é você quem faz seu barco afundar, e que só cabe a você trazê-lo de volta... nem que seja pra deixá-lo à deriva. As vezes isso é o ponto de equilíbrio mais alto que vamos conseguir na vida.
Agora volte pros monstros. Saia para as ruas, deixe o vento levar você. Sinta como é bom chorar e enfrentar o que há de pior dentro de ti. Ao fazer isso, grite pro mundo o quanto você é vazio. Sim, vazio. Vazio de tudo de ruim que te consumia. Vazio da dor, da sujeira, dos monstros e do barco imergindo.
Assim, passe a enxergar as suas verdades reais. As verdades que antes tanto lhe doíam, e que agora estão mortas, apagadas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sem inspiração

E essa ilusão de um mundo cor-de-rosa, onde foi parar? Ah é, lembrei: ela nunca existiu. Vivemos por muitos anos em doces fantasias, e ao que isso leva? Perda, dor.
Mentir sempre é a solução. Ocultar, evitar. Esse é o nosso fracasso, aquele que levaremos pro túmulo. Aguardamos pelo bom moço, pela menina virgem, pelos filhos perfeitos. Como isso acaba? Com o pobretão que te carrega na garupa da bicicleta. Um filho drogado, ou sete.
Cresci com incertezas, e hoje, por incrível que pareça, sei bem quem sou. Sou nem vírgula nem ponto, sou os dois. Ponto e vírgula. Onde nada acaba, e tudo começa.

Não sou romântica, mas amo flores amarelas. Tulipas, em especial.
Tulipas amarelas significam amor sem esperança, mas considero isso utópico. Amarelo é felicidade, otimismo, já tulipas são lindas e, como muitos não sabem, inodoras.
E é assim que me sinto. Inodor. Sem esperanças, talvez, mas nunca impedida. Me ensinaram com as perdas a ter força e a não ser iludida. Talvez eu seja mal amada, concordo, mas, quem precisa de amor quando ele não passa de um estereótipo? Sim, lá vem a Sra. não-preciso-de-amor, mas, lamento por você, pois eu sei viver com o amor que eu mesma criei.
Um dia, daqui um dia ou um ano, vou ter vontade de ser amada, de ser amante. Mas isso vai ser amanhã ou ano que vem, e pra isso falta muito tempo.
Sem sonhos nem planos, sem perdas nem mentiras. Eu acredito na sinceridade, só isso.