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terça-feira, 24 de abril de 2012

Luz!

Então, parece que um pouquinho da dor está indo. Não tenho uma explicação, eu simplesmente posso sentir. Talvez seja o inverno, com seu vento frio e perfeito, que bagunça meu cabelo, seu sol de comer bergamota, sua luz que faz qualquer um sorrir, mesmo nos dias mais feios e nublados. Eu gosto, particularmente, de acordar no inverno, mesmo que cedo, colocar um casaco bonito, e sair pra ver a luz. Luz essa que está tão em falta na minha vida, que eu tanto procuro, e que sempre acabo encontrando nos meus invernos.
Sinto falta de sorrir, sinto falta de ter vontade de sorrir. Mas eu prefiro aceitar que, por mais que muitos mintam pra si mesmos, e vivam nessa eterna ilusão, a vida não é bonita. A vida não vai me fazer sorrir.
Só eu mesma posso encontrar meu rumo, meus sorrisos, minha luz. Ninguém pode fazer isso por mim. Por isso não deposito esperanças nas pessoas, tenho as minhas verdades, que aos olhos dos outros parecem vagas e infundadas, mas são as minhas verdades, e ninguém tem que tentar tirá-las de mim.
Sempre andei com minhas próprias pernas, encontrando a luz bem lá, no fim do túnel, depois de caminhar muito, mas sempre achei. Talvez eu demore mais um pouco, talvez tenha que tomar mais algumas chuvas, acordar em mais alguns dias nublados, mas faz parte. Os vencedores acreditam, eu tenho certeza. A luz está lá, só me falta, achá-la. Mesmo que ela não seja tão bonita assim.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pelas curvas da highway

Gostaria de confessar que andei meio perdida, e ainda ando. Estava sem rumo, e ainda estou. Me sentia sozinha, e ainda me sinto. Não conseguia nem escrever, e creio que ainda não consigo muito bem. Sigo na mesma estrada, infinita, que não me leva a lugar nenhum. Talvez por eu tanto desejar isso, esse rumo, esse destino, não sei. Só sei que ele não vem, não chega. Nem em sonho.
A cada dia me sinto mais distante do que eu realmente acreditava ser, um pouco mais perto do que nunca acreditei que poderia me tornar, e cada vez mais e mais longe do que sempre sonhei que seria. Continuo perdida, mas continuo seguindo. Sempre em frente, não importando muito a direção, mesmo querendo muito ter uma. Que escolha tenho eu? Só essa. Ir em frente, sempre. E acreditar.