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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Achei em uma folha da Gerdau


Fico aqui sentada no chão do quarto, pensando em um trecho de uma música qualquer pra te mandar um sms. Mas nada adianta, tu não vai me responder e eu vou continuar aqui, querendo mais do que você não quer me dar. Querendo mais noites como aquelas em que fomos só eu e você.

Estive olhando pro ventilador por algum tempo, ele me lembrou aqueles ventiladores de hospital de quinta. Mas olhando pra ele acabei lembrando que você está cada dia mais longe de mim, e que talvez eu mesma esteja causando isso. Meu dilema tem me afundado cada dia mais, mas talvez assim eu entenda que não é assim que se chega a um denominador comum.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Cartas para a futura eu

Eu me arrependo de muita coisa, muita mesmo. Mas no dia em que eu morrer, lá em cima ou lá embaixo não vão me criticar. Vão me julgar e me mandar pastar.
A unica coisa que vai sobrar, será uma eu pra ser esquecida.
E essa eu terá de ter lembraças, boas e ruins, pra lembrar lá em cima.
Essa eu, ela vai ter que saber que viveu intensamente, que não viveu em vão.

Valeu a pena porque só se vive UMA VEZ.
E se tu não viver bem e não viver mal, não terá vivido.
Valeu a pena porque eu feri e fui ferida.
Valeu a pena porque eu vi a merda dos dois lados, e a parte boa também.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Egoístas

E essa vontade de fugir, de ficar. Sei que é muito egoísmo da minha parte querer isso, mas tem coisas que estão escritas, predestinadas a acontecer. Queria ter a chance de me orgulhar disso, de nós... mas como dizem, o meu problema é a minha solução, e por mais que eu negue vai ser sempre assim. Hoje, vendo o quanto estamos mudados, foi que percebi o quanto teria sido certo antes, e agora também. Hoje está tudo confuso, diferente. Queria que minha atitude fosse bem vista, mas sei que serei julgada por isso.
Agora penso se é certo deixar a vontade tomar conta de nós e assistir a nossa queda ali adiante, quando o problema reaparecer. Pra mim seria só mais uma curva, mas pra você talvez seja insuportável. Sei o que eu sinto, sei o que você sente. Mas agora, será que sabemos como seria depois?
Podemos dizer que o futuro a gente vê mais tarde, mas as consequências podem ser maiores do que imaginamos. Com certeza é muito egoísmo de minha parte deixar isso ir por esse caminho, agora me resta obter a resposta que tem me tirado o sono. Será que você quer ser egoísta junto comigo?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Descobri devagar.

Aquele efeito retardado de acordar se sentindo outra pessoa. Isso pode te tornar um problemático.
Não sou a pessoa indicada pra falar sobre novidades, definitivamente não sou adepta à novidades. As roupas da moda, as atualizações das redes sociais e dos programas que você usava. Esse fato me fez ver que nos últimos tempos tenho preferido continuar igual, mudando apenas de direção.

Sim, por que mudar de direção é sempre bom. É o tipo de novidade que faz bem, que te leva pra algo novo que você pode gostar -ou não- de conhecer. Te julgam por ser igual, e por ser diferente também. Quem entende? Quem se importa?

Cabe sempre à você se deixar levar pelas novidades ou ocultá-las. Se acordar de manhã fosse bom, você veria um sorriso no meu rosto às 7:30. Se eu pensar em mim como uma reticência vou viver bem mais calma. Ser uma reticência é melhor do que ser uma novidade, sabe.
Sempre penso em como seria estar no corpo de outra pessoa. Ver a mim com os olhos de outro e saber o que esse alguém pensa. Seria bom se pudéssemos escolher assim as novidades: quero ser esse alguém hoje e me olhar, amanhã então, o fim vem e pronto.
Combinemos assim, então: me mostre novidades quando elas puderem ser vistas por vários ângulos.
Caso contrário eu não aceito novidades.

domingo, 10 de abril de 2011

O Mal-do-Século dito pelo Mal-do-Século



Meu mal-do-século vai acabar no dia em que eu morrer. Não vejo uma razão pra continuar aqui, nesse mundo vago, acabado, estragado pela maldade e falta de capacidade de viver.
Digo que é falta de capacidade sim, pois ninguém mais vive pro mundo, hoje em dia se vive de ego inflado e não se consegue criar uma defesa pra falta de noção que há nas ruas.
Acredito que todos nós só vamos ver o quanto vivemos em vão, apenas no dia em que morrermos. Talvez aí vejamos o quanto fomos tolos e cegos em perder a maior parte da vida sofrendo, chorando e quebrando a cara pra se lamuriar depois.
As pessoas precisam aceitar que ninguém é dono da dor de ninguém, cada um mal consegue cuidar de sua própria dor, o que dirá tentar tomar conta da dor do outro?! Me cansa ver onde fomos parar, onde as lágrimas nos levaram...
Ainda que, nós mesmos tenhamos deixado o sofrimento nos levar, inventar desculpas pra tudo isso que nos rodeia não vai resolver. Paro pra pensar que cada dia que tenho vivido tem sido em vão.
Tem sempre aquela hora que todos matam o seu mal-do-século. Quando você matar o seu, divida isso com o mundo. Mas esqueça as lágrimas e a dor, de verdade.

Aula de Literatura me causou esse lapso de covardia, e redenção.