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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Nunca meu sim

Sem parecer clichê ou idiota, algumas pessoas podem sim te fazer ter uma visão diferente da vida e até mesmo te fazer repensar os teus atos. Pessoas reais, que choram, que amam, que te pedem mais do que tu pode oferecer, e aí te mostram que na verdade tu tem mais o que oferecer.
Não falo da pessoa que muda a tua vida, mas da pessoa que mesmo sem querer, cresceu junto contigo. Que te disse quando chorou, que te disse quando tava doendo como se você fosse a única que pudesse fazer a dor passar. Isso sim tem valor.
Um simples 'tu é demais' que te coloca pra cima, ou aquele sermão inesperado, quando geralmente era o contrário. Sim, era o contrário, pois tu vê tantas mudanças que é facilmente notável que os papéis se invertem. Aí tu vê que a deprê de antes se foi, e ficou aquela coisa sólida, verdadeira, sincera. Costuma-se chamar de amizade.
Ligações em que se ouvem os grilos, depois ligações em que tu pede pra não desligar o telefone. Encontros inesperados e a repetição do 'como nos conhecemos' nas duas versões, uma pior que a outra.
Te amo, te amo, te amo. Em seguida vem te odeio, te odeio, te odeio. Explicação? Não tem. Só sei que quando um certo alguém pensou que estava fazendo um grande coisa juntando essas merdas, realmente estava.
Já tem quase um ano e eu sempre penso o quanto eu sou louca ao ponto de aceitar alguém assim na minha vida. Razão? Talvez por ser igualmente o meu oposto.
Não canso de dizer: lindo, lindo, lindo. E ainda assim aceito receber os: mentirosa, trovadora e fazida. Amor? Deve ser mesmo, pois outro nome eu não acho. Não espero nada menos de alguém tão louco que pede conselhos pra alguém como eu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Uma olhada pra trás, pra 2011

Achei isso perdido por aí, num blog da vida, e achei legal. É sempre bom olhar pra trás e ver a merda que foi a vida. Então, tá aí:


+ O que você fez em 2011 que nunca fez antes?
Cedi. Cedi ao bom e ao certo, deixei a fortaleza quebrar um pouquinho.

+ Você manteve as resoluções de ano novo de 2011, e fará novas para 2012?
O que eu prometi, tentei cumprir. O que aconteceu ou não, não me diz mais respeito. Pro ano que vem não tenho planos, nenhum tipo de plano.

+ Alguma pessoa próxima teve um bebê?
Acho que não.

+ Alguma pessoa próxima morreu?
Acho que não, também.

+ Que lugares você visitou?
Fui pra Salvador do Sul de novo, como em todos os invernos. Acho que só.

+ O que você gostaria de ter em 2012 que faltou em 2011?
Mais bons resultados, em tudo. Na vida, nas pessoas, nos desejos!

+ Que data de 2011 vai ficar marcada em sua lembrança?
27 de janeiro, show do All Time Low.

+ Qual sua maior realização no ano?
Ainda não tive, mas será passar no Enem, pois isso significa o início de um ciclo pra mim.

+ Qual foi o seu maior fracasso?
Perder a pessoa que eu mais amei na vida.

+ Você teve alguma doença?
Infecção intestinal.

+ Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Comprei celular novo, e muitos livros. Livros sempre são ótimas compras.

+ Que comportamento mereceu comemoração?
O da minha cachorra que tá virando gente.

+ Que comportamento foi deprimente?
O meu, em certos momentos.

+ O que te deixou realmente excitado:
O verão, haha

+ Que canções sempre vão te lembrar de 2011?
Ready to Go - Panic! At the Disco; Engenheiros do Hawaii - 3x4; Umbrella~Singing in the rain - Glee; Waiting for the end - Linkin Park; Uma esquina - Lebra; Vai embora - Valentin; Só - Tópaz; Coleção - doyoulike?; e por aí se vai...

+ Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. Mais feliz ou mais triste? Mais feliz
II. Mais magro ou mais gordo? Mais gorda
III. Mais rico ou mais pobre? Isso é relativo

+ O que você queria ter feito mais?
Queria ter falado tanta coisa que tive medo de falar, ter demonstrado tudo que tive medo e ter sido mais sincera em certos momentos.

+ O que você queria ter feito menos?
Queria ter falado menos merdas, ter magoado menos pessoas que pra mim eram essenciais. Queria ter sido mais sensata em não arriscar.

+ Como vai passar o réveillon?
Ainda não tenho planos.

+ Você se apaixonou em 2011?
Me apaixonar é uma ação muito forte, não sei se realmente me apaixonei. Mas ainda assim, sou uma eterna apaixonada pelos livros, por mim mesma e pela minha cachorra.

+ Quantos ficantes?
Menos do que o esperado, haha

+ Qual foi seu programa de TV favorito?
Amor & Sexo, com certeza.


+ Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Não sei dizer exatamente, eu odeio muita gente.

+ Você gosta de alguém hoje que odiava há um ano?
Bá, acho que isso aconteceu sim.


+ Qual foi o melhor livro que você leu?
A menina que não sabia ler – John Harding


+ Qual foi a sua maior descoberta musical?
Nossa, acho que foi Foster The People.


+ O que você quis e conseguiu?
Vencer a Gincana de São Jerônimo.


+ O que você quis e não conseguiu?
Bom senso nas pessoas que me rodeiam.


+ O que você fez no seu aniversário?
Assaltei o banco, hahaha


+ O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
Ter sido mais falsa, pois a minha verdade, durante esse ano feriu a mim, e muitas outras pessoas que eu amo.


+ Como descreveria seu modo de se vestir em 2011?
As boas e velhas roupas de machinho, de sempre.


+ O que manteve a sua sanidade?
Com certeza não foi a bebida.


+ Qual celebridade você mais admirou?
J.K. Rowling e toda sua grandeza ao enfrentar o fim de Harry Potter.


+ De quem sentiu falta?
Da pessoa mais importante da minha vida, que eu mesma afastei de mim.


+ Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?
Conheci muita gente esse ano, mas acho que foi a Fernanda Ferreira.


+ Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2011:
Aprendi que só damos valor, realmente, depois que perdemos.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Namore um cara inteligente



Pois o cara inteligente não é só aquele que lê, que tem resposta pra tudo ou que escreve tudo certo sempre.
O cara inteligente é aquele que lê sim, e que tem gostos estranhos, tipo Paulo Coelho e Augusto Cury. É aquele que admite que não é o Google mas ainda assim sempre tem uma boa resposta pros teus devaneios sobre o Brasil Imperial ou sobre o Modernismo, e que ainda sem saber nada sobre Parnasianismo vem do nada e te pergunta por simples curiosidade, ou só pra te agradar.
O cara inteligente é aquele que sabe um pouquinho de informática, domina as exatas, aprende química em 5 minutos e com tudo isso até te faz esquecer aqueles 'agente' pra dizer nós, escritos de vez em quando.
O cara inteligente é aquele que gosta de meninas inteligentes, daquelas que assim como ele, têm algo a oferecer além das novas sobre a Katy Perry. É aquele que fica por horas deitado com você, falando sobre todos os livros que já leu na vida, narrando cada história e além disso fica com o olhar fixo em você enquanto te ouve exalar seu amor por Harry Potter.
O cara inteligente é aquele que acha Nietzsche apelativo e ouve Ramones na sequência de Cazuza. É aquele que não te julga por ouvir Fresno e ouve Foster the People com você numa quarta a noite, e na quinta ri ao seu lado olhando Amor & Sexo.
O cara inteligente é aquele que te diz, sempre que possível, o quanto te acha inteligente e o quanto aprende contigo. É aquele que te ouve falar por horas sobre a Segunda Guerra e fica mais algumas falando sobre o quanto o Beto Bruno, do Cachorro Grande conta piadas ruins nos shows do interior. É aquele que consegue colocar algum sentido nos teus piores gostos literários e ainda diz que vai ler os mesmo.
O cara inteligente é aquele que sempre entende as coisas que você fala, por mais cultas que sejam, até aquelas que nem você entende bem, e que com isso te faz ver que realmente vale a pena tê-lo ao lado pois um cara que entende o que você fala não se acha em qualquer lugar.
O cara inteligente é aquele cara que você sabe que pode falar qualquer coisa, citar qualquer nome, qualquer data, pois por mais que ele desconheça o fato, vai te pedir pra falar sobre e ficar encantado com a namorada sagaz e culta que tem.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mentiras sinceras me interessam.

 Já dizia Cazuza.

Quero escrever algo bom, algo que ilumine. Quero escrever algo que transmita luz, força. A minha força, essa que nunca me falta e que quase nunca vejo nas pessoas.
Quero que essas linhas te façam pensar, sorrir, viver. É tempo de olhar pra frente, mesmo que você não tenha planos. Se dê uma chance, uma segunda chance.
Lembra no jardim de infância, em que você teve medo de qualquer um que se aproximava? Foi difícil deixar sua mãe na porta aquele dia, certo? Agora pense que talvez você tenha que deixar ela de novo, pra ser gente grande. Que talvez você tenha que deixar você mesmo pra isso. Não literalmente. Mas, virar gente grande pode ser lindo, pois dentro de você ainda vai existir a criança do primeiro dia de aula no jardim de infância. Enfrente tudo como um novo começo, tudo.
Você só vive uma vez, então sorria, grite isso, transfira essa alegria ao próximo. Tantos morrem enquanto você vive, tantos trabalham a vida toda pra ter algo enquanto você só estuda um turno e reclama enlouquecidamente querendo férias do ensino médio. Pense, a vida é tão linda, mesmo em meio a pessoas que maltratam animais e mães que jogam filhos em rios.
Ainda existe algo bom, os bons ainda são maioria. Clichê? Talvez. Mas verdade, sim.
Se alguém perder a força, dê a sua. Você é livre, perfeito e abençoado nesse mundo em que apenas crias do nada tem força e pisam no resto. Bem, resto? Que resto? Você? Eu? Claro que não, pois somos vivos, e isso é tão assustador que as vezes nem eu acredito muito nisso.
Nós formamos o todo, nós fazemos valer, nós temos a força, a luz. E, com certeza, a luz de dentro de você pode irradiar no resto do mundo. E esse resto conta muito.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O contrário de bom é mau



Queria tanto saber o que sentir, e nem isso eu consigo. Sei que estou errada, e ao mesmo tempo me sinto tão certa. Quero tanto um rumo, uma certeza. Preciso aceitar que tudo que eu acho que ainda é meu não é mais meu. Sei que é egoísmo agir pensando só em mim, no meu bem, mas, me sinto tão frágil, tão fraca cedendo ao fazer bem pra alguém, que mesmo vendo que estou errada, não consigo arrumar um jeito pra mudar.
Sinceridade hoje em dia é o meu forte, e no fundo eu sei o quanto isso fere. Não me fere, claro. Logo, não vejo porque deixá-la de lado. Sempre quis tudo pra mim, sempre tive ciúme do que me pertencia, e a ideia de ver as pessoas que antes estavam comigo, ao lado de outras me deixa em pânico.
Infantilidade, sim. Sempre foi tão difícil pra mim conseguir algo, que o pouco que tive devereia ser eternamente meu por direito. Errado, sei. Mas essa sou eu. Incerta. Egoísta.
Qualquer um ficaria feliz estando no meu lugar. Amigos, namorado devoto, cursos, comida na mesa e roupinha cheirosa. Mas eu não. Isso pra mim não é nem nunca foi suficiente. Eu sempre quis mais, eu sempre quero mais.
Quero conseguir amar quem me ama igualmente. Quero ser inteiramente sensata, inteiramente inteira, sem inconstâncias e dúvidas, mas a cada dia que passa me sinto mais incapaz de amar novamente, de completar alguém como antes eu completava, de ser sincera com a pessoa que mais merece que eu seja.
Não mereço nada de bom que eu tenho, mas ainda assim, como já dizia o mestre Caio Fernando: Por tudo que há de mau no mundo, eu mereço o máximo do bom. Sem culpa. 
E ainda que eu diga que mereço, sem culpa, sei de toda a minha culpa, de tudo que eu não mereço na verdade, e que ainda assim tenho.
Aí me pergunto: eu não queria tanto essa vida? essa felicidade? Sim, queria. Mas de que me serve, se não só trazer mais dores de cabeça e noites de insônia?
Sim, tá ruim pra todo mundo, e pra mim nunca foi fácil.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ao futuro

Espero que você chegue logo. Não é que eu esteja cansada daqui, até que tá legal, mas eu quero mais. Quero mais calor, mais abraços, mais chuva, mais sorvete, mais intensidade. Repito: não é que eu esteja reclamando, só que tá bom demais pra ser verdade. Ou não.
Tô cheia dos horários, cheia dos compromissos, cheia demais. Preciso de roupas novas, aquelas que adquirimos nessa época. Sim, as de verão, mas também as de euforia, de ansiedade, de receio e até de medo.
Quero ler mais ao som da chuva, quero dormir mais no piso da sala. Dispenso as gripes ao viajar e não faço questão de nenhum amor de verão. Bom, mas isso depende...
Estive pensando que nesse momento eu não estaria escrevendo um texto assim, não fossem as circunstâncias em que me encontro. Saudade. Desejo. Saudade do antes e desejo pelo depois. Não saudade do passado, atualmente não preciso mais disso. Saudade do que pode ser de novo. Desejo pelo que vai ser de novo.
Então, futuro, espero que não me decepcione. Te peço que pule as sete ondas e venha sem medo do que pode causar. Cause, sem medo do que pode trazer. Traga, sem medo do que pode deixar. E que deixe muito. Amém.