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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Nunca meu sim

Sem parecer clichê ou idiota, algumas pessoas podem sim te fazer ter uma visão diferente da vida e até mesmo te fazer repensar os teus atos. Pessoas reais, que choram, que amam, que te pedem mais do que tu pode oferecer, e aí te mostram que na verdade tu tem mais o que oferecer.
Não falo da pessoa que muda a tua vida, mas da pessoa que mesmo sem querer, cresceu junto contigo. Que te disse quando chorou, que te disse quando tava doendo como se você fosse a única que pudesse fazer a dor passar. Isso sim tem valor.
Um simples 'tu é demais' que te coloca pra cima, ou aquele sermão inesperado, quando geralmente era o contrário. Sim, era o contrário, pois tu vê tantas mudanças que é facilmente notável que os papéis se invertem. Aí tu vê que a deprê de antes se foi, e ficou aquela coisa sólida, verdadeira, sincera. Costuma-se chamar de amizade.
Ligações em que se ouvem os grilos, depois ligações em que tu pede pra não desligar o telefone. Encontros inesperados e a repetição do 'como nos conhecemos' nas duas versões, uma pior que a outra.
Te amo, te amo, te amo. Em seguida vem te odeio, te odeio, te odeio. Explicação? Não tem. Só sei que quando um certo alguém pensou que estava fazendo um grande coisa juntando essas merdas, realmente estava.
Já tem quase um ano e eu sempre penso o quanto eu sou louca ao ponto de aceitar alguém assim na minha vida. Razão? Talvez por ser igualmente o meu oposto.
Não canso de dizer: lindo, lindo, lindo. E ainda assim aceito receber os: mentirosa, trovadora e fazida. Amor? Deve ser mesmo, pois outro nome eu não acho. Não espero nada menos de alguém tão louco que pede conselhos pra alguém como eu.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Uma olhada pra trás, pra 2011

Achei isso perdido por aí, num blog da vida, e achei legal. É sempre bom olhar pra trás e ver a merda que foi a vida. Então, tá aí:


+ O que você fez em 2011 que nunca fez antes?
Cedi. Cedi ao bom e ao certo, deixei a fortaleza quebrar um pouquinho.

+ Você manteve as resoluções de ano novo de 2011, e fará novas para 2012?
O que eu prometi, tentei cumprir. O que aconteceu ou não, não me diz mais respeito. Pro ano que vem não tenho planos, nenhum tipo de plano.

+ Alguma pessoa próxima teve um bebê?
Acho que não.

+ Alguma pessoa próxima morreu?
Acho que não, também.

+ Que lugares você visitou?
Fui pra Salvador do Sul de novo, como em todos os invernos. Acho que só.

+ O que você gostaria de ter em 2012 que faltou em 2011?
Mais bons resultados, em tudo. Na vida, nas pessoas, nos desejos!

+ Que data de 2011 vai ficar marcada em sua lembrança?
27 de janeiro, show do All Time Low.

+ Qual sua maior realização no ano?
Ainda não tive, mas será passar no Enem, pois isso significa o início de um ciclo pra mim.

+ Qual foi o seu maior fracasso?
Perder a pessoa que eu mais amei na vida.

+ Você teve alguma doença?
Infecção intestinal.

+ Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Comprei celular novo, e muitos livros. Livros sempre são ótimas compras.

+ Que comportamento mereceu comemoração?
O da minha cachorra que tá virando gente.

+ Que comportamento foi deprimente?
O meu, em certos momentos.

+ O que te deixou realmente excitado:
O verão, haha

+ Que canções sempre vão te lembrar de 2011?
Ready to Go - Panic! At the Disco; Engenheiros do Hawaii - 3x4; Umbrella~Singing in the rain - Glee; Waiting for the end - Linkin Park; Uma esquina - Lebra; Vai embora - Valentin; Só - Tópaz; Coleção - doyoulike?; e por aí se vai...

+ Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:
I. Mais feliz ou mais triste? Mais feliz
II. Mais magro ou mais gordo? Mais gorda
III. Mais rico ou mais pobre? Isso é relativo

+ O que você queria ter feito mais?
Queria ter falado tanta coisa que tive medo de falar, ter demonstrado tudo que tive medo e ter sido mais sincera em certos momentos.

+ O que você queria ter feito menos?
Queria ter falado menos merdas, ter magoado menos pessoas que pra mim eram essenciais. Queria ter sido mais sensata em não arriscar.

+ Como vai passar o réveillon?
Ainda não tenho planos.

+ Você se apaixonou em 2011?
Me apaixonar é uma ação muito forte, não sei se realmente me apaixonei. Mas ainda assim, sou uma eterna apaixonada pelos livros, por mim mesma e pela minha cachorra.

+ Quantos ficantes?
Menos do que o esperado, haha

+ Qual foi seu programa de TV favorito?
Amor & Sexo, com certeza.


+ Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Não sei dizer exatamente, eu odeio muita gente.

+ Você gosta de alguém hoje que odiava há um ano?
Bá, acho que isso aconteceu sim.


+ Qual foi o melhor livro que você leu?
A menina que não sabia ler – John Harding


+ Qual foi a sua maior descoberta musical?
Nossa, acho que foi Foster The People.


+ O que você quis e conseguiu?
Vencer a Gincana de São Jerônimo.


+ O que você quis e não conseguiu?
Bom senso nas pessoas que me rodeiam.


+ O que você fez no seu aniversário?
Assaltei o banco, hahaha


+ O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
Ter sido mais falsa, pois a minha verdade, durante esse ano feriu a mim, e muitas outras pessoas que eu amo.


+ Como descreveria seu modo de se vestir em 2011?
As boas e velhas roupas de machinho, de sempre.


+ O que manteve a sua sanidade?
Com certeza não foi a bebida.


+ Qual celebridade você mais admirou?
J.K. Rowling e toda sua grandeza ao enfrentar o fim de Harry Potter.


+ De quem sentiu falta?
Da pessoa mais importante da minha vida, que eu mesma afastei de mim.


+ Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?
Conheci muita gente esse ano, mas acho que foi a Fernanda Ferreira.


+ Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2011:
Aprendi que só damos valor, realmente, depois que perdemos.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Namore um cara inteligente



Pois o cara inteligente não é só aquele que lê, que tem resposta pra tudo ou que escreve tudo certo sempre.
O cara inteligente é aquele que lê sim, e que tem gostos estranhos, tipo Paulo Coelho e Augusto Cury. É aquele que admite que não é o Google mas ainda assim sempre tem uma boa resposta pros teus devaneios sobre o Brasil Imperial ou sobre o Modernismo, e que ainda sem saber nada sobre Parnasianismo vem do nada e te pergunta por simples curiosidade, ou só pra te agradar.
O cara inteligente é aquele que sabe um pouquinho de informática, domina as exatas, aprende química em 5 minutos e com tudo isso até te faz esquecer aqueles 'agente' pra dizer nós, escritos de vez em quando.
O cara inteligente é aquele que gosta de meninas inteligentes, daquelas que assim como ele, têm algo a oferecer além das novas sobre a Katy Perry. É aquele que fica por horas deitado com você, falando sobre todos os livros que já leu na vida, narrando cada história e além disso fica com o olhar fixo em você enquanto te ouve exalar seu amor por Harry Potter.
O cara inteligente é aquele que acha Nietzsche apelativo e ouve Ramones na sequência de Cazuza. É aquele que não te julga por ouvir Fresno e ouve Foster the People com você numa quarta a noite, e na quinta ri ao seu lado olhando Amor & Sexo.
O cara inteligente é aquele que te diz, sempre que possível, o quanto te acha inteligente e o quanto aprende contigo. É aquele que te ouve falar por horas sobre a Segunda Guerra e fica mais algumas falando sobre o quanto o Beto Bruno, do Cachorro Grande conta piadas ruins nos shows do interior. É aquele que consegue colocar algum sentido nos teus piores gostos literários e ainda diz que vai ler os mesmo.
O cara inteligente é aquele que sempre entende as coisas que você fala, por mais cultas que sejam, até aquelas que nem você entende bem, e que com isso te faz ver que realmente vale a pena tê-lo ao lado pois um cara que entende o que você fala não se acha em qualquer lugar.
O cara inteligente é aquele cara que você sabe que pode falar qualquer coisa, citar qualquer nome, qualquer data, pois por mais que ele desconheça o fato, vai te pedir pra falar sobre e ficar encantado com a namorada sagaz e culta que tem.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mentiras sinceras me interessam.

 Já dizia Cazuza.

Quero escrever algo bom, algo que ilumine. Quero escrever algo que transmita luz, força. A minha força, essa que nunca me falta e que quase nunca vejo nas pessoas.
Quero que essas linhas te façam pensar, sorrir, viver. É tempo de olhar pra frente, mesmo que você não tenha planos. Se dê uma chance, uma segunda chance.
Lembra no jardim de infância, em que você teve medo de qualquer um que se aproximava? Foi difícil deixar sua mãe na porta aquele dia, certo? Agora pense que talvez você tenha que deixar ela de novo, pra ser gente grande. Que talvez você tenha que deixar você mesmo pra isso. Não literalmente. Mas, virar gente grande pode ser lindo, pois dentro de você ainda vai existir a criança do primeiro dia de aula no jardim de infância. Enfrente tudo como um novo começo, tudo.
Você só vive uma vez, então sorria, grite isso, transfira essa alegria ao próximo. Tantos morrem enquanto você vive, tantos trabalham a vida toda pra ter algo enquanto você só estuda um turno e reclama enlouquecidamente querendo férias do ensino médio. Pense, a vida é tão linda, mesmo em meio a pessoas que maltratam animais e mães que jogam filhos em rios.
Ainda existe algo bom, os bons ainda são maioria. Clichê? Talvez. Mas verdade, sim.
Se alguém perder a força, dê a sua. Você é livre, perfeito e abençoado nesse mundo em que apenas crias do nada tem força e pisam no resto. Bem, resto? Que resto? Você? Eu? Claro que não, pois somos vivos, e isso é tão assustador que as vezes nem eu acredito muito nisso.
Nós formamos o todo, nós fazemos valer, nós temos a força, a luz. E, com certeza, a luz de dentro de você pode irradiar no resto do mundo. E esse resto conta muito.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O contrário de bom é mau



Queria tanto saber o que sentir, e nem isso eu consigo. Sei que estou errada, e ao mesmo tempo me sinto tão certa. Quero tanto um rumo, uma certeza. Preciso aceitar que tudo que eu acho que ainda é meu não é mais meu. Sei que é egoísmo agir pensando só em mim, no meu bem, mas, me sinto tão frágil, tão fraca cedendo ao fazer bem pra alguém, que mesmo vendo que estou errada, não consigo arrumar um jeito pra mudar.
Sinceridade hoje em dia é o meu forte, e no fundo eu sei o quanto isso fere. Não me fere, claro. Logo, não vejo porque deixá-la de lado. Sempre quis tudo pra mim, sempre tive ciúme do que me pertencia, e a ideia de ver as pessoas que antes estavam comigo, ao lado de outras me deixa em pânico.
Infantilidade, sim. Sempre foi tão difícil pra mim conseguir algo, que o pouco que tive devereia ser eternamente meu por direito. Errado, sei. Mas essa sou eu. Incerta. Egoísta.
Qualquer um ficaria feliz estando no meu lugar. Amigos, namorado devoto, cursos, comida na mesa e roupinha cheirosa. Mas eu não. Isso pra mim não é nem nunca foi suficiente. Eu sempre quis mais, eu sempre quero mais.
Quero conseguir amar quem me ama igualmente. Quero ser inteiramente sensata, inteiramente inteira, sem inconstâncias e dúvidas, mas a cada dia que passa me sinto mais incapaz de amar novamente, de completar alguém como antes eu completava, de ser sincera com a pessoa que mais merece que eu seja.
Não mereço nada de bom que eu tenho, mas ainda assim, como já dizia o mestre Caio Fernando: Por tudo que há de mau no mundo, eu mereço o máximo do bom. Sem culpa. 
E ainda que eu diga que mereço, sem culpa, sei de toda a minha culpa, de tudo que eu não mereço na verdade, e que ainda assim tenho.
Aí me pergunto: eu não queria tanto essa vida? essa felicidade? Sim, queria. Mas de que me serve, se não só trazer mais dores de cabeça e noites de insônia?
Sim, tá ruim pra todo mundo, e pra mim nunca foi fácil.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ao futuro

Espero que você chegue logo. Não é que eu esteja cansada daqui, até que tá legal, mas eu quero mais. Quero mais calor, mais abraços, mais chuva, mais sorvete, mais intensidade. Repito: não é que eu esteja reclamando, só que tá bom demais pra ser verdade. Ou não.
Tô cheia dos horários, cheia dos compromissos, cheia demais. Preciso de roupas novas, aquelas que adquirimos nessa época. Sim, as de verão, mas também as de euforia, de ansiedade, de receio e até de medo.
Quero ler mais ao som da chuva, quero dormir mais no piso da sala. Dispenso as gripes ao viajar e não faço questão de nenhum amor de verão. Bom, mas isso depende...
Estive pensando que nesse momento eu não estaria escrevendo um texto assim, não fossem as circunstâncias em que me encontro. Saudade. Desejo. Saudade do antes e desejo pelo depois. Não saudade do passado, atualmente não preciso mais disso. Saudade do que pode ser de novo. Desejo pelo que vai ser de novo.
Então, futuro, espero que não me decepcione. Te peço que pule as sete ondas e venha sem medo do que pode causar. Cause, sem medo do que pode trazer. Traga, sem medo do que pode deixar. E que deixe muito. Amém.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Se faltar o vento, a gente inventa.



Então, admito: estou com medo que meus planos possam te ferir, como sei que vão. E pior do que isso, tenho medo que eles me firam. Cada dia você rouba um pedacinho de mim, cada dia eu sinto mais saudade, mais vontade. Cada 'eu te amo' que eu não consigo frear tem sido um tipo de teste, de demonstração que isso tá cada vez mais mais sério.
Não fico dizendo palavras bonitas, nem miando feito um gatinho. Não preciso ser chamada de linda a todo momento, nem preciso de apelidos no diminutivo. O que nós temos tem se mostrado tão maior que isso, tem se mostrado tão adulto, tão real. Eu não chamaria de amor, muito menos de romance. Prefiro chamar de realidade, mesmo não acreditando que esse tipo de coisa fosse voltar a me atingir tão cedo.
Hoje, quem eu vejo no espelho não é mais a menininha de 15 anos, insegura, dependente. Hoje eu vejo a mulher que sabe falar o que pensa, que sabe decidir por si só o que é certo ou não. E eu decidi por te deixar ficar, mesmo em tão pouco tempo.
Decidi que valia a pena correr o risco, decidi que era burrice minha ficar fugindo de qualquer um que tentasse se aproximar, decidi que você era o certo, pelo menos no momento.
E agora, hoje, decidi que precisava escrever sobre você. Pois desde o nosso início, eu ainda não havia te dedicado um único texto, por mínimo que fosse.
Sei que sou fria, arisca, impulsiva e muitas vezes errante. Mas ainda assim você insistiu, sem saber onde e com quem estava se metendo. Chega a ser meio cômico, mas agora, eu só lamento por você, pois a merda tá feita.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Absurdos

Realmente, o tempo passa e as pessoas esquecem o verdadeiro sentido do amor. Fácil hoje é acordar e BUM estou amando o fulano. Como se fosse simples assim. Pra começar: amor não existe. Amor é algo que você cria, se VOCÊ quer. Ele não nasce do nada, simplesmente porque aquele alguém é o amor da sua vida, ou porque tinha que acontecer. Casualidades não existem. Destino? Cada um faz o seu do jeito que bem entender. Realidade de merda. É nisso que nós vivemos. Se alguém diz que te ama, no mínimo, é pra atingir outro alguém.
Não sei quando o mundo vai acordar e finalmente perceber que o amor não é real. Não é. Não.
Pessoas mentem, pessoas traem, pessoas são sujas. É possível mesmo que alguém que faz tudo isso seja capaz de AMAR? Nem quem tem algo bom no coração sabe o que é amar.
Como diria um grande amigo meu: A vida nada mais é do que pessoas descontando suas frustrações umas nas outras em um circulo vicioso que não acaba.
E vai ser assim até o fim dos tempos. Pessoas são fracas e frustradas. Pessoas tentam amar. Não conseguem. Machucam quem não merece e acabam marcando a vida dessa pessoa pra sempre.
Se você quer um conselho: não ame. Na verdade, nem ao menos tente.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

War



Você se pressiona, se impressiona. Dá tudo de si por algo e não recebe nada em troca. Chega aquele momento em que você duvida até da sua fé. Tudo acontece como e quando tem que acontecer. Faz sentido. Mas, e a parte do 'faça o que tem que ser feito e você será recompansado' ou 'quem faz seu destino é você'? Deixou de funcionar quando?
Serendipity. Feliz casualidade. Até quando o mundo vai esperar por isso? É claro que existe acaso, existe destino, existe o 'tá escrito', mas e quando me diziam que quem tinha que fazer valer era eu, esqueceram mesmo de me dizer que era mentira? Cada um tem que fazer seu próprio destino, todos sabem disso. Aí você luta, se mata, faz o impossível pra conseguir uma única coisa, e? Você fica de joelhos novamente.
Aí me perguntam: cadê o teu Deus?
Pois é, as vezes chego a duvidar da existência do meu Deus. Se você ler sobre os Sacramentos, vai ver que os últimos deles [Crisma, por exemplo], são escolhas da pessoa, não de outros. Quando se cresce, quem escolhe seguir um Deus ou não, é você. Me parece justo, continuar no 'bom caminho' pois muitas vezes é a única saída, mas de tanto levar na cara, uma hora tu cansa.
Eu só queria conseguir ter a certeza de que meu esforço vale a pena, que o sorriso que eu me obrigo a colocar no rosto todos os dias é válido. Mas não é. Nunca foi. Não tem valor nenhum, você nunca é recompensado por nada.
É tão difícil ter um ideal, e ao mesmo tempo tão bom saber que se tem um, enquanto muitos queriam isso. Mas de que serve, se tudo que se faz por ele é em vão?
Se é guerra que a vida quer, é guerra que ela vai ter. Daqui pra frente eu não fico mais quieta, não deposito mais esperanças em um Deus que não me vê. Daqui pra frente a guerra vai ser comigo mesma, com os meus fantasmas e com o meu pânico de viver.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

my cookie crumbled

Existem várias maneiras diferentes de fazer as pessoas prestarem atenção. Prédios, árvores, sorrisos, beijos, um sorvete ou um copo de cerveja.
É realmente lamentável ver como a inveja prevalece. Sim, porque não venha dizer que o amor salva tudo, pois ele não salva. Pare e veja como vocês está. Tá feliz? É culpa tua. Tá triste? É culpa tua. Você é o seu reflexo, e se tá feio, aceite, pois é isso mesmo que você é.
A sensação de ser alguém pra alguém é linda, mas considero errado depositar esperanças em alguém que você não sabe o que esperar. Pessoas inconstantes como eu deveriam vir com uma plaquinha escrito 'danger', para o bem da humanidade. Se você não quer ver suas esperanças em pedaços, não deposite suas forças em alguém como eu. A vida dá tantas voltas... em uma dessas, se você tropeçar em mim, não fique chorando quando ver seu cookie esfarelado.
Tenha força, se fortaleça com a dor e aprenda: ninguém pode te salvar além de você mesmo. Sua força se encontra na sua fraqueza. Por aí você vai encontrar a inveja, e ela é uma parceira sempre presente.
Eu já vi meu cookie ser esfarelado, e isso só me deu força e vontade pra seguir em frente e conquistá-lo de novo. A inveja estava lá, mas eu me olhei no espelho e pensei 'eu estou acima disso', e realmente, eu estava. Eu mesma colori minha vida, eu mesma fiz o caos, eu mesma aniquilei a inveja e recuperei meu cookie.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Libertad

E esse costume da fazer tudo sempre pensando no que alguém vai falar? No que esse alguém vai pensar e como vai reagir? Não adianta mesmo fazer certas coisas esperando que te façam o mesmo por que não é assim que funciona. Você sempre acaba levando na cara.
Não preciso de exibição pra me garantir, evito público pra fugir de comentários e ainda assim sou alvo. Evito gritar na sua frente que estou bem ou mal pra não parecer apelação, e nehuma das opções causa resultado. Talvez se eu ficasse me afirmando aos quatro cantos causasse algum efeito. Dói ouvir um não, dói não ganhar aquele abraço. Machuca bastante passar uma noite chorando por um única frase tua.
Eu, que tanto faço pra não magoar você, que evito confusões e que tento ser a melhor pessoa no mundo sou sempre obrigada a ouvir comentários maldosos, a deixar as pessoas rirem na minha cara e ter que ficar quieta. Sou sempre obrigada a calar a boca e suportar essa dor, esse medo de te ver sumindo da minha vida. Essa sensação me aterrozira, me deixa em pânico.
Pra muita gente isso é drama e exagero, e o que eu mais ouço é que devo me libertar. Falar é bem fácil mesmo. Pena que só de pensar em me libertar de você encho os olhos de água. Queria ter força pra seguir, queria 'te mostrar que eu também posso' como adoram me dizer. Acontece que eu não posso, não sem você. Não é possível seguir sem você. Se me libertar é sinônimo de te ver sumindo definitivamente da minha vida, então eu quero viver eternamente presa. Simplesmente não dá pra viver com essa dor, não dá.

 















É verdade, eu não te superei mesmo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

do baú

Virtudes, decisões e desejos
E quando alguém vai conseguir deixar o passado no passado? Quando alguém vai poder dormir e acordar da mesma forma? Digo, assim, sem preocupações. Eu duvido que alguém no mundo consiga.
Agora me responda: se você sabe que é por ti que faço todas as minhas escolhas, eu vou conseguir ter algum dia normal? Poderei ter uma vida normal?
O que é o medo pra você? Sabia que eu gostaria de esquecer o inesquecível? Eu penso em tudo o que tu fala, mas não consigo gostar do que vejo em ti agora. Queria poder ter o amor e a confiança ao mesmo tempo, mas essas são virtudes que a vida não me permite mais ter em igual proporção, nem ao mesmo tempo.
Auto-controle. Outra virtude que a vida não me deixa ter. Mas, será isso uma virtude?
Certas decisões que tomamos em nossas vidas são acorrentadas a nós para nos perturbarem eternamente. Ou talvez elas não perturbem, e sejam apenas demônios que devemos matar?
E como saber se foi a decisão certa? O amor e o carinho ou a confiança e a eternidade?
15/07/2009

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A resposta de Sophia pt 2

Peço desculpas, mas eu realmente não pude deixá-lo voltar. Fui frágil e fraca, tentei dizer sim, tomar um café, mas acho realmente que meu lugar era ali, dentro da tv e só.
Sei que o fiz esperar, esperar demais. Mas aqueles caras, aqueles que hoje não fazem mais sentido, naquela época me lembravam tanta coisa. Lá fora é o lugar dele, sempre foi. Talvez hoje eu me arrependa, não sei...
Então é verdade, ele encontrou alguém, e aqueles dias se apagaram. O coração dele voltou a bater, então. Ele não pode mais esperar, e nem quer ouvir nada pra fazer sua vida mudar, nem nada que o vá fazer ficar. Porque eu estou lhe dizendo isso? Não sei. Mas sei que também lamento.
Afinal, eu sou só mais uma guria e preciso entender que esse alguém que ele encontrou é melhor que eu.
Sophia

domingo, 28 de agosto de 2011

Me and my heart


Bom mesmo é ser sozinho. Se tem uma coisa que eu nunca deveria esquecer, é isso. Só que as vezes eu esqueço, daí fico boazinha demais, faço tudo de bom pelas pessoas, aconselho, ajudo, cuido, me preocupo. E a recompnsa? Ignorância. Sempre. O que falta nas pessoas é consideração. Faltam sorrisos e abraços verdadeiros. Falta um 'obrigada por tudo', falta se lembrarem de você, falta a preocupação.
Na próxima vez que minha mãe disser 'fica em casa', eu vou ficar. Antes ficar em casa, quando o único a me incomodar é meu travesseiro do que sair e estar rodeada de pessoas de ego inflado, infantis, que só sabem reclamar e não sabem agradecer.
Quando elas mais precisam de um abraço, tu tem que dar. E quando tu precisa de um abraço, elas te dão? Aquele negócio de eu não entender não cola. Eu vou ser sempre quem não entende e ao mesmo tempo a que mais escuta.
O certo mesmo é ser sozinho, não tentar mudar pra ser legal porque isso nunca vai ser lembrado e pensar realmente só no teu bem. Se os outros tem o ego inflado, eu também posso ter.

"Em todas as vezes que me convidaram pra sair,
a melhor parte sempre foi voltar pra casa."
VALENTIN - HOJE EU QUERO FICAR

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brincando de ser romântica

Me pego aqui lembrando daquele domingo gelado, lembrando de ontem -domingo também- e de sábado, onde o calor do teu corpo me aqueceu na volta pra casa, narrando aquelas nossas histórias de sempre. Aquelas coisas absurdas que só nós achamos graça, aquela sensação que eu adoro em silêncio: ficar te ouvindo falar como foi a semana, como vai ser o próximo mês. E ontem, domingo, chegando perto de casa e tendo de dar tchau, te beijar no rosto e ganhar um abraço gelado. Só no próximo fim de semana, então?! Sempre assim.

Admito que estou aqui, com a página do Facebook aberta, vendo certas fotos, certos comentários. Pena que não são sobre mim, pena que não é a minha página do Facebook.
Essa sensação boa que sinto quando estou do teu lado, quando você me olha nos olhos, quando me conta dos livros que leu. Eu poderia congelar -mais- o tempo. Literalmente pará-lo, e ficar ali te ouvindo. Não preciso de muito mais que o caminho de volta pra animar meu fim de semana.
Quando penso em não sair, lembro que você vai, que vai passar aqui pra me buscar. Vou ouvir o telefone tocar, sinalizando sua chegada, e pensar, muitas vezes até verbalizando: chegou. Saber que vou ganhar um abraço, ouvir um 'que saudade', e seguir. Do teu lado, ouvindo as mesmas histórias de sempre, aquelas que tanto me alegram e que só nós conseguimos entender. Quase um código, eu diria. Mesmo código que por tantas vezes usamos com o olhar, esse teu olhar. Teus olhos que me respondem exatamente o que eu preciso saber, sempre.
É uma pena nunca te ouvir dizendo essas respostas. Por vezes imagino que elas são fruto da minha vontade, mas quando eu sei que são reais, é que eu gostaria de ouví-las, de sentí-las. Gostaria de te sentir, talvez como era antigamente, pegando minha mão, me abraçando de surpresa ou simplesmente jogando as mãos pra trás quando eu ali me encontrava pra pegá-las e enlaçá-las num abraço naquele verão que tanto sinto falta.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Repara



Sempre tem alguém ali pra te fazer rir quando tá difícil. Você pode não notar, evitar e até mesmo negar, mas sempre tem alguém, é só reparar. Quando tá escuro, quando bate aquela vontade de chorar, quando o mundo desaba... naquela hora que você acha que tudo sempre dá errado pra você -e só pra você-, que só resta o buraco na terra se abrir pra você entrar, repara, vai ter alguém ali.
A força pode -e vai- estar realmente em você, sempre. Mas quando ela se esconde, vai ter alguém ali pra dizer 'se valorize' 'acredite mais em ti' 'vai dar tudo certo' ou 'vai passar'. Quando a falta de força persistir, e você ainda achar que não tem jeito, que não tem ninguém, repara. Vai ter alguém.
Acredite, eu sei o quanto é difícil não desanimar. É uma luta constante, diária, íntima. Quando não dá mais, quando a vontade é explodir e fim, que se dane o mundo, repara. Com certeza alguém vai estar ali. Você pode não esperar por esse alguém, nunca acreditar que ele vai estar ali. Uma simples frase vinda desse alguém vai fazer toda a diferença. É energizante, é motivador ouvir um 'tô aqui, é só me chamar', e mesmo sem você esperar, antes de pensar em chamá-la, a pessoa já estar ali. Aparecer do nada. Faz toda a diferença, todos sabemos que faz.
Aí tem aquelas vezes que Deus se torna a mais absurda das crenças. Esse é o segredo, continuar acreditando. Rezar vale a pena. Fé nunca deve faltar, por mais que esteja difícil. Eu sei, tem vezes que realmente não dá, comigo também é assim. Aí eu rezo. Rezo muito.
Certa vez minha irmã, que cursa História na faculdade me perguntou: 'tu ainda acredita em Deus? pois eu não acredito mais desde que comecei a fazer História.' E a minha resposta foi: 'sim, eu acredito. É a única coisa que ainda me resta no meio de toda essa merda.'
Toda vez que fica difícil, e que eu não reparo que tem alguém -ou que realmente não tem, porque as vezes acontece-, eu lembro desse diálogo. E cada vez eu o repito pra mim e penso: 'continua acreditando nisso, é o único jeito de seguir'. É, e ainda assim, eu não deixo de reparar, mesmo quando tá tudo perdido. Eu ainda reparo.

OBRIGADA TIA CLARA, OBRIGADA EDU!
POR TEREM SIDO OS MEUS 'ALGUÉM' NOS ÚLTIMOS DOIS DIAS.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Epifania


Ilusão, né? Que pena. Me deixa triste olhar pra trás, e ver no espelho o reflexo dessa podridão que eu me tornei. Sempre fui forte em dizer que 'o passado fica no passado', mas, se não existisse o passado, quem seria eu hoje? Óbviamente não seria nada do que realmente sou, ou seria. Parando pra pensar, quem sou eu além de uma iludida? Sim, iludida de que posso corrigir erros que sei que não posso. Deixei isso se perder. Eu quis uma vida, acreditei que era o bom e correto. Hoje vejo que fui, realmente iludida, e que de nada valeu essa vida avulsa, a não ser pra sentir a dor mais forte, que é perder algo que realmente valeu a pena. Sim, pois valeu a pena.
Me dói dizer 'eu perdi'. Todos os dias eu penso que tenho uma força maior por mim, logo, rezo. Peço forças, uma luz. Choro. Lágrimas que dóem. Dói no fundo da alma, essa sensação de perder. Tenho momentos que me vejo naquele passado, penso que é real. Mas não é. Foi. Nada é perfeito nem pra sempre, mas o que realmente não aceito é que tenha de findar-se, ir-se.
Você quer o bem, todo mundo quer. Será que o certo é realmente abandonar, mesmo que seja abandonar o teu pior pesadelo?
Realmente, acho uma pena que só eu tenha esperanças, que só eu ainda reze, que só eu ainda lute por isso. Mesmo sem a fonte da minha força.

sábado, 6 de agosto de 2011

Meme literário



Achei isso no blog Desire to Read e gostei bastante, achei bem criativo e interessante.

1. Você come enquanto lê? Se sim, comidinha preferida de leitura: De vez em quando até como, e não tenho muito problema com isso. Geralmente chocolates ou doces.
2. O que você gosta mais de beber enquanto lê? Nada, mas as vezes bebo água.
3. Você costuma marcar o livro enquanto o lê, ou a idéia de escrever em livros te aterroriza? Sim, marco.
4. Como você marca onde parou enquanto está lendo? Marcadores? Orelhas nas páginas? Apoiando o livro aberto? Eu uso etiquetas de roupas costumizadas com adesivos, tenho vários desses e os adoro. 
5. Ficção, não-ficção, ou ambos? ficção
6. Você tende a ler até o fim do capítulo, ou consegue parar de ler em qualquer lugar? Sempre leio até o fim do capítulo, mas as vezes de noite quando o sono bate eu abandono.
7. Você é do tipo de pessoa que arremessa o livro longe ou no chão se o autor te irrita? não faço isso
8. Se você encontra uma palavra que não conhece, você para e vai procurar seus significado na hora? Não, eu anoto mentalmente pra ver depois, caso a sequência da história não me ajude a entendê-la.
9. O que você está lendo? A Escrava Isaura (pra aula de Literatura) e estou pensando em abandonar O Vendedor de Sonhos pela segunda vez.
10. Qual foi o último livro que você comprou? Ontem eu comprei os dois últimos que faltavam pra mim do Percy Jackson e os Olimpianos.
11. Você é o tipo de pessoa que lê apenas um livro por vez, ou consegue ler mais de um? Não consigo, tenho que me dedicar só pra um mesmo.
12. Você tem um lugar/momento preferido para ler? Acho que não, gosto de ler na minha cama apenas.
13. Você prefere séries ou livros únicos? Indiferente.
14. Tem algum livro ou autor que você se vê recomendando sempre? Harry Potter e André Vianco.
15. Como você organiza seus livros? (por gênero, título, sobrenome de autor, etc) Em duas pilhas: lidos e não lidos, dae coloco por tamanho, os maiores embaixo e tal.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem mais delongas

É realmente fácil só enxergar o que lhe convém. É tão fácil se esconder debaixo das cobertas, fugir do medo, trancá-lo num baú. Que pena, mas isso não resolve. Fugir das suas verdades é o mesmo que fugir do presente, do passado e até do futuro. Estamos todos no mesmo barco: aquele que afunda cada vez mais.
O problema é que colocamos a culpa disso nos outros, e não enxergamos que nós mesmos afundamos o nosso barco. Afundamos com as mentiras, com lágrimas e fracassos. Se você realmente colocar os monstros pra fora do baú, seria tão mais fácil lutar contra eles. Mas ninguém entende isso, não é mesmo? O mundo vive só vendo o barco afundar e não faz nada pra detê-lo.
Parece-nos tão absurdo enfrentar nossas fraquezas que chega a doer, só de pensar. Mas eu digo: procure seus monstros, lute com eles, ame-os.
Assuma os riscos. Assuma que é você quem faz seu barco afundar, e que só cabe a você trazê-lo de volta... nem que seja pra deixá-lo à deriva. As vezes isso é o ponto de equilíbrio mais alto que vamos conseguir na vida.
Agora volte pros monstros. Saia para as ruas, deixe o vento levar você. Sinta como é bom chorar e enfrentar o que há de pior dentro de ti. Ao fazer isso, grite pro mundo o quanto você é vazio. Sim, vazio. Vazio de tudo de ruim que te consumia. Vazio da dor, da sujeira, dos monstros e do barco imergindo.
Assim, passe a enxergar as suas verdades reais. As verdades que antes tanto lhe doíam, e que agora estão mortas, apagadas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sem inspiração

E essa ilusão de um mundo cor-de-rosa, onde foi parar? Ah é, lembrei: ela nunca existiu. Vivemos por muitos anos em doces fantasias, e ao que isso leva? Perda, dor.
Mentir sempre é a solução. Ocultar, evitar. Esse é o nosso fracasso, aquele que levaremos pro túmulo. Aguardamos pelo bom moço, pela menina virgem, pelos filhos perfeitos. Como isso acaba? Com o pobretão que te carrega na garupa da bicicleta. Um filho drogado, ou sete.
Cresci com incertezas, e hoje, por incrível que pareça, sei bem quem sou. Sou nem vírgula nem ponto, sou os dois. Ponto e vírgula. Onde nada acaba, e tudo começa.

Não sou romântica, mas amo flores amarelas. Tulipas, em especial.
Tulipas amarelas significam amor sem esperança, mas considero isso utópico. Amarelo é felicidade, otimismo, já tulipas são lindas e, como muitos não sabem, inodoras.
E é assim que me sinto. Inodor. Sem esperanças, talvez, mas nunca impedida. Me ensinaram com as perdas a ter força e a não ser iludida. Talvez eu seja mal amada, concordo, mas, quem precisa de amor quando ele não passa de um estereótipo? Sim, lá vem a Sra. não-preciso-de-amor, mas, lamento por você, pois eu sei viver com o amor que eu mesma criei.
Um dia, daqui um dia ou um ano, vou ter vontade de ser amada, de ser amante. Mas isso vai ser amanhã ou ano que vem, e pra isso falta muito tempo.
Sem sonhos nem planos, sem perdas nem mentiras. Eu acredito na sinceridade, só isso.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Independência... ou sorte



Depois de passar uma semana brigada com todos na minha casa, parei pra pensar na tal força que resulta nesse meu gênio forte. Digo gênio forte por que em casa sou sempre julgada por sem educação e irrelevante. Ilusão delas, que não entendem que isso é fruto da criação que tive.
Fui criada dentro de casa, sem muita liberdade. Não podia sair pra brincar na rua, logo, ficava em casa lendo os livros da minha tia que é professora. Me sinto meio Liesel, mas hoje sou grata à ela, pois meu amor pela leitura só cresceu, junto comigo.
Quando mais crescida, perdi meu tio, meu padrinho e meus avós. Golpe baixo dessa vida que tanto trabalho me deu em desde pequena ver pessoas doentes dentro de casa sem nem ao menos saber do que se tratava. Meu padrinho era meu grande amor, e meu avô era meu herói e pai, pois até os doze, esta que vos fala viveu na sombra de um papai fantasma.
Virei mocinha, uma mocinha responsável. Arrumei namorado e conheci meu tão sonhado pai. Esses dois fatos me tornaram mais responsável, mais madura, e com isso senti que a vida me presenteou da forma mais viva possível.
Depois de perder pessoas e ganhar outras em troca, ganhei junto com isso uma liberdade que antes eu não tinha. Aprendi a me impor ante minha mãe e tias, que juntas cuidam de mim até hoje. Com minha irmã tendo ido embora de casa, passei a ser o alvo de tudo de bom e ruim que nos acontecia. Aprendi a me defender e a defender minha mãe. A partir daquele momento ela só tinha a mim, e eu a ela.
Minha mãe nunca me negou nada, sempre me deixou livre pra fazer o que eu queria, pra ir onde eu queria e quebrar a cara, aprendendo a levantar depois. Acho que minha mãe viu o quão forte eu tinha me tornado, pois mesmo fazendo grandes burradas, ela ainda acredita e confia em mim.
Hoje, com os meus quase dezoito anos, volto ao ponto de ter passado uma semana sem falar com elas aqui de casa. O motivo? O mais bobo possível, pra elas. Pra mim é sério, e eu sei que tenho razão em tudo que gritei na cara delas. Dei sermão, xinguei, disse que não fazia questão que elas me olhassem na cara enquanto não admitissem que eu estava certa, e assim foi. Óbvio que não ouvi um pedido de desculpas, mas depois de uma semana praticamente vivendo sozinha na minha própria casa, elas deram o braço a torcer.
Agora volto a me perguntar: esse ódio, essa sede de poder e essa certeza, são fruto do que? Delas. Da criação que elas me deram. Elas me deixaram viver por mim mesma, sem ser mandada, sem ter hora pra voltar pra casa, sem saber onde e com quem eu estava.
Minha independência de hoje é o meu presente, e o troféu que ganhei com isso é a sorte em não perder isso nunca. Por mais que elas tentem me tirar essa sorte em ser dona de mim, nunca conseguirão. Elas me criaram, eu sou um reflexo delas. Sou o monstrinho que há dezoito anos elas alimentam, e fazendo isso só deixam-no com mais e mais fome de vencer e estar acima do bem e do mal.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mais e menos



Já tive muitas melhores amigas. Posso dizer até que uma por ano, ou por semestre. Sempre foram melhores. Nenhuma outra poderia tê-las superado, até a próxima aparecer. Dormi na casa de todas elas, comi negrinho, ri, chorei, troquei presentes, olhei filme de terror, dividi segredos e desabafei com suas respectivas mães.
Hoje, já bem crescidinha e madura, paro e penso: como pude deixar tanta gente passar assim pela minha vida? Acredito que eu era a pessoa mais vaga e tonta do mundo, pois melhor amiga só se acha uma em toda a vida.
Foi assim que entendi porque minha relação com guris sempre foi melhor. Até hoje sou julgada por andar somente entre eles, mas isso não me afeta nem um pouco. Tenho o melhor amigo que Deus poderia ter-me dado e sei que apesar da diferença sanguínea, somo irmãos.
Não sou a pessoa mais feminina do mundo. Aliás, estou bem longe de ser. Não gosto de salto, maquiagem ou qualquer coisa afrescalhada demais. Em contrapartida amo fazer as unhas e cuidar do cabelo. Tenho tatuagens e uso tênis de skatista com bolsa. Sou confusa mas ainda assim tento transparecer verdade em tudo que faço e sou.
Agora, voltando ao ponto de ter várias melhores amigas, talvez isso tenha sido um escape pra mim. Nunca ninguém no mundo vai superar meu melhor amigo, aquele que eu ouço e atendo sem pensar uma segunda vez, aquele que vela pelo meu sono quando estou doente. Sou mulher, e sendo assim posso dizer: somos traidoras, falsas, sujas. Melhores amigas podem até te dar colo, mas só uma delas pode durar a vida toda. Só uma delas realmente não vai te trair. Só uma delas vai te amar como irmã, pra sempre.
Pessoas mudam, pessoas mentem; e 50% das mulheres são burras e acreditam umas nas outras.
Repito: melhor amiga só existe uma. Ocorrem casos de tu achar o melhor amigo, esse é o meu. Nesses casos você não é a mais linda das criaturas nem a mais doce das beldades. Nesse caso você é real. Nesse caso você não vive num mundo fantástico em que todos te amam e você vai ser feliz pra sempre. Nesse caso, amiga, você é a pessoa mais sortuda do mundo.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

das antigas

Não tem uma explicação. Não lembro dessa época. Só se que escrevi isso há muito tempo.

O frio
Durante alguns poucos segundos, você me fez acreditar que o mundo ao nosso redor não existia. Talvez você não acredite, mas eu quero acreditar que ainda podemos salvar o nós. É lembrando de todas as frases feitas e até mesmo das que tu escrevia e me dizia, que penso como o silêncio de uns pode causar a desgraça de outros. Você me completou por tão pouco tempo, que fez o vento bater no meu cabelo, me cegando para não mais te ver, pra não mais sentir o teu calor.
Me diz por que eu sinto tanto a tua falta, se todos me dizem que devo te esquecer? Queria poder gritar, de um modo que você não entendesse, mas ainda assim viesse correndo até mim com as mais simples palavras e os mais fortes dos abraços, aqueles que te fazem esquecer o frio, pois nada mais precisa de explicação se não o frio que você sente na barriga agora. Queria que nesse momento eu pudesse te ter aqui, pra falar de coisas banais e ver o sol nascer, e saber que só tu pode realmente entender o que eu falo. 28/05/09

quinta-feira, 2 de junho de 2011

 

"Eu não posso garantir que vamos estar juntos sempre, mas eu sei em quem eu posso confiar. Serão tempos difíceis, nós sabemos, teremos ao menos, nós mesmos."
DOYOULIKE? - GAROTOS PERDIDOS

domingo, 29 de maio de 2011

O acaso do erro

  
O tempo muda as pessoas e as faz esquecer o verdadeiro sentido do amor, da amizade, da confiança. As faz esquecer quem elas realmente são. Queria acreditar que ainda existe algo de bom por aqui, mas cansei de me apegar nessas ilusões.
Cansei da brincadeirinha de fingir que não me importo. Queria gritar na cara do mundo que eu não estou feliz nessa situação, que não está me fazendo bem ver o rumo disso. Queria fazê-los entender gritando, por que mostrar de diversas formas eu já fiz. Não sei mais, não conheço outra forma de demonstrar minha decepção.
Hoje somos antônimos. Céu e inferno. Passado e presente. Queria voltar a ver no mundo aquilo que eu amava, aquilo pelo qual hoje eu infelizmente sou apaixonada. É, vivo atualmente um amor platônico com o passado, sim. E isso acaba comigo. Fico me agarrando ao mundo em que eu vivia por não aceitar o que ele se tornou atualmente.
Queria poder trazer de volta aquela verdade de antigamente, queria poder
passar vinte e quatro horas naquele mundo de antigamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Random

Anteriormente visto em Liberdade.

Answer the questions below, do a Google image search with your answer, take a picture from the first page of results, and do it with minimal words of explanation.
 
 

1. The age at your next birthday.



2. A place you'd like to travel to.



3. Your favorite place.



4. Your favorite food.



5. Your favorite pet.

 

6. Your favourite colour combination.



7. Your favourite piece of clothing.



8. Your all-time favorite song.



9. Your all-time favorite tv show.

 

10. The town in which you live in.



11. Your screen name/nickname.

 

12. Your first job.



13. Your dream job.



14. A bad habit you have.

 

15. Your worst fear.



16. The one thing you'd like to do before you die.