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sábado, 20 de abril de 2013

Das coisas que me fazem sorrir

Ando distante desse espaço, mas gostaria hoje de falar na primeira pessoa: eu.

Ultimamente parei pra pensar nas razões de eu estar viva e nas coisas que me fazem feliz. Não estou exatamente onde gostaria de estar aos dezenove anos, porém me sinto mais perto do que nunca. Curso o primeiro semestre de Jornalismo no Centro Universitário Ritter dos Reis, zona sul de Porto Alegre. Foi o curso que desejei fazer desde que descobri o que era faculdade. Encontrei nesses últimos anos muita gente me dizendo que eu era louca, que a faculdade ia me frustrar, que não era o que eu imaginava e todas essas coisas que as pessoas usam pra acabar com nossos ideais. Encontrei também seres humanos incríveis, que me motivaram e me disseram pra ir atrás desse sonho. Eu fui atrás e hoje estou aqui; saio 17h de casa, chego meia hora atrasada na aula, toda perdida e cansada depois de subir o Alto Teresópolis num ônibus superlotado, mas feliz. Feliz por entrar na minha sala e ter essa visão:


Essa é a vista que tenho da 301D, e essa é uma das coisas que me fazem sorrir. Sorrio também pelo fato de hoje, aos dezenove anos, ter percebido que durante toda a minha vida vivi na sombra de mim mesma. Vivi choramingando pelos cantos porque nada dava certo pra mim e me tornando cada vez mais rabugenta, rancorosa e frustrada por não saber como agira em relação à minha vida.
Hoje posso notar o quanto fui abençoada por ter passado por tanta coisa, como perder meus avós, um tio e um padrinho no período de quatro anos conscecutivos pra quatro doenças diferentes. Fui abençoada por poder cuidar deles até onde me foi possível, fui abençoada por ainda ter ao meu lado uma tia deficiente e que com as suas dificuldades me dá vontade de viver e dar o meu melhor por ela. Fui abençoada por aos doze anos conhecer meu pai, e hoje, sete anos depois, poder dizer à ele o quanto o amo, ignorando os motivos que o fizeram nunca ter me procurado antes.

Hoje eu me apaixono pela vida todos os dias. Isso soa meio surreal, pois sou do tipo que reclama do tempo no twitter, afinal ele serve pra isso mesmo. No dia de hoje me vejo como a pessoa que sorri por estar na faculdade e chora vendo maus tratos com animais. Me olho no espelho e me sinto quase completa, e nesse 'quase' encontro razão pra buscar tudo que ainda me falta.

O que me motivou a escrever essas linhas é um vídeo que estará no final dessa postagem, e que me fez perceber o quão bonita é a vida se for analisada de coração aberto, mesmo com toda injustiça que presenciamos todos os dias.
Nem auto-ajuda nem paixonite do momento, só quis compartilhar nesse meu espaço essa minha nova descoberta: motivos para ser feliz.
Quem me conhece sabe que não sou sempre assim, e talvez amanhã já estarei revoltada e polemizando algo, mas o que vale é estar feliz no momento, certo? E agora eu estou, e quem corre feliz não cansa.


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