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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Intrínseco

Costumam me dizer que eu falo da minha alma. Que escrevo tão intensamente que é impossível não notar que é sempre sobre mim que falo.
Então, vem um balde de água fria dizendo: você fala demais. Aí, então, reflito: deixo de falar, passo a falar menos ou fico do jeito que estou? n.d.a.
Quando falo, ninguém ouve. Me chamam de louca, de maldosa, de irônica (o que não deixa de ser verdade), me culpam, criticam, julgam. Me fazem sentir a pior pessoa do mundo, mas nunca entendem. Nunca entendem que cada ser tem uma forma natural de se expressar, se defender e de se esconder. Eu me escondo nas palavras. A vida sempre foi tão cruel comigo, que não vejo jeito mais sutil de -não- mostrar essa dor, do que com palavras.
Claro que sei, verdadeiramente, que falar não resolve nada. Alivia, sim. Mas nunca resolve. A dor continua ali, escondida, presa, em um lugar onde nenhuma palavra é capaz de chegar. Palavras são vazias, dispensáveis, mas o que seríamos nós, sem elas? Tão vazios e dispensáveis quanto as mesmas.

Um comentário:

  1. Letras...Palavras...Frases...orações...textos...livros inteiros em Branco.
    Quando escrevemos alguma coisa é como se estivessemos transportando nossos sentimentos atraves dela, se o sentimento e ruim ele é dividido, se é bom multiplicado.
    As palavras nem sempre serão a melhor maneira de demonstrar alguma coisa, mas as vezes é a unica, mesmo assim muitos não conseguem usa-las corretamente. Aqueles capazes devem se orgulhar e nunca se sentirem diminuidos frente a tudo aquilo que ainda poderão e deverão descrever !!!
    Mesmo que as palavras sejam imperfeitas, sem elas nunca alcansariamos muito das verdades que se ocultam em nossos sentimentos, Escrever sempre sera mais facil que falar, que confessar, que se expor.
    Derramar os sentimentos em um texto sempre sera melhor que mante-lo seco em nossos corações !!!

    Continue sempre escrevendo que continuarei lendo.

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