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terça-feira, 17 de julho de 2012

Quando um estranho chama

Madrugada de sexta, frio, cobertas, e um sms chega. Tão desnecessário quanto os que nós, juntamente com uns goles de álcool, costumamos enviar. Uma constatação que pra mim, não era novidade. Senti nojo, mas me senti obrigada a responder. Cheguei até a inventar uma mentira (que, quisera eu, fosse verdade). Acho incrível como me afetou, um simples sms. Não que tenha me tocado, que eu tenha sentido saudade ou algo do tipo. Senti apenas raiva, rancor, arrependimento.
Sempre deixei que as pessoas criassem por mim, sentimentos de que nunca fui digna. Pisei em muita gente, sempre fui grossa, sempre deixei que acreditassem só no que eu mostrava de bom, pelo medo de mostrar o que tinha de ruim.
Respondi o sms, na esperança de que não viriam mais em resposta. Tola, eu. Foi realmente pior, não consegui dormir aquela madrugada, com o telefone tocando sem parar.
Talvez a vida esteja certa, em tirar tudo de mim. Esse sms é a prova. Não mereço nada disso, nem o sms ridículo que recebi. Eu sempre estrago tudo, falo demais, tenho atitude de menos.
Mas ninguém se importa, muito menos eu. Vou com o fluxo, e sei que ainda vou receber muitos sms como esse ao longo disso, que costumo chamar de vida. Eu sempre estrago tudo.

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